Guerreiros que invadiram o Império Romano tem origem revelada

As invasões dos chamados bárbaros, mais conhecidos hoje como povos germânicos, foi um dos motivos que levou à queda do Império Romano. No entanto, sabemos pouco sobre qual era realmente a origem destas pessoas que mudaram o mundo há milhares de anos.

De acordo com um novo estudo, estas tribos eram compostas por um povo miscigenado, misturando ancestrais de vários lugares da Europa e da Ásia. Este é o caso dos hunos, do famoso rei Átila, apelidado de “o Flagelo de Deus”.

Povo sempre foi descrito com um ar místico

Comandados pelo famoso líder, os hunos chegaram muito perto de conquistar a cidade de Roma no ano 452 d.C. Antes disso, devastaram uma série de territórios romanos na Itália, na Gália (atual França) e em outros pontos da Europa.

Os escritores da Antiguidade descrevem este como um povo bárbaro e quase animalesco que teria vindo de alguma região distante do leste. Dizia-se que eram exímios cavaleiros nômades, mas a real origem deles sempre foi um mistério.

Estátua do rei Átila, principal figura do povo huno (Imagem: butterfly’s dream/Shutterstock)

Uma das suspeitas é que eles tivessem alguma relação com os chamados xiongnu, cavaleiros das estepes que chegaram a formar um império na atual Mongólia por volta do século I d.C. A principal hipótese é que este povo tenha se deslocado para o oeste com o passar do tempo, dando origem aos hunos.

Os relatos dos próprios romanos podem indicar como isso teria acontecido. Isso porque os registros apontam que os hunos costumavam incorporar povos derrotados, criando uma miscigenação deste povo antigo.

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Hunos conquistaram uma vasta extensão de terras e até invadiram o Império Romano (Imagem: ArapSeyhi/Shutterstock)

Análises de DNA confirmaram origem dos hunos

  • Durante o trabalho, os pesquisadores compararam o material genético de pessoas que morreram no antigo território dos hunos, entre os séculos V d.C. e VI d.C., com o de uma ampla gama de povos da mesma época e de séculos anteriores espalhados pela Europa e pela Ásia.
  • O resultado da análise é que quase sempre as pessoas enterradas nas sepulturas associadas à cultura dos hunos possuem origem genética mista, abrangendo tanto ancestrais europeus quanto originários da Ásia Central.
  • Ainda assim, em alguns casos, foi possível identificar uma ligação direta entre alguns desses indivíduos miscigenados e antigos membros da elite imperial xiongnu.
  • As descobertas foram descritas em estudo publicado na revista PNAS.

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