Dorival Junior e CBF reúnem-se nesta sexta para definir futuro da seleção

Se técnico for demitido, marca negativa que já dura 70 anos será quebrada

O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, o diretor de seleções, Rodrigo Caetano, e o técnico da seleção brasileira, Dorival Júnior, farão uma reunião nesta sexta-feira (28) para definir o futuro da seleção brasileira. A pressão da torcida por uma demissão é gigante.

O clima já não era bom para o comandante e ficou ainda pior após a goleada por 4×1 sofrida contra a seleção Argentina. Pelo Brasil, Dorival Jr já disputou 16 jogos, e conquistou sete vitórias, sete empates, duas derrotas, 25 gols marcados, 17 gols sofridos e aproveitamento de 58%. Atualmente, a amarelinha é a quarta colocada nas eliminatórias sul-americanas.

De acordo com a mídia esportiva brasileira, quatro nomes são os mais fortes para o cargo: Jorge Jesus, Carlo Ancelotti, Filipe Luís e Renato Gaúcho.

Brasil não trocava tanto de técnico desde a década de 50

Desde a saída de Tite, ao final da Copa do Mundo de 2022, nenhum treinador conseguiu se sustentar no cargo. É bem verdade que Ramon Menezes e Fernando Diniz, que sucederam Dorival, foram contratados como interinos, mas havia um planejamento para mantê-los caso fossem bem. Porém, os dois ficaram menos de um ano no comando.

Ramon ficou de três de março a quatro de julho. Já Diniz permaneceu de julho de 2023 até janeiro de 2024, quando deu lugar a Dorival, no cargo há pouco mais de um ano. Se somados os tempos dos três no comando da seleção, não chega nem na metade do tempo de Tite, que foi técnico do Brasil por 2 290 dias, o mais longevo da história.

A ocupação no cargo costuma ser longeva, afinal, há pouco tempo de treinamento em cada data FIFA. Neste cenário de instabilidade da seleção, os técnicos estão sendo demitidos e contratados rapidamente, tal como acontece nos clubes do país.

Tantas mudanças assim não são registradas há 70 anos, quando, na década de 50, 12 mudanças de treinador foram registradas até que, em 58, Vicente Feola comandou o Brasil para o primeiro título de Copa do Mundo. Ele permaneceu no cargo até 1960.

Copa do Mundo se aproximando

A CBF precisa de agilidade nesse momento, visto que daqui a pouco mais de um ano acontece a Copa do Mundo de 2026. Além disso, o Brasil ainda não está garantido e precisa permanecer entre os seis melhores da América do Sul para se garantir.

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