
Fabrício da Silva Nunes, 30 anos, dono do Motel Royal foi preso após dias foragido por tentar matar a tiros sua ex-companheira, e o empresário dono da rede de pizzarias famosa em Manaus.
Ele se entregou à polícia na manhã de quinta-feira (27). De acordo com o delegado Cícero Túlio, titular do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), a ação do suspeito configura como emboscada.

O crime, ocorrido na madrugada do dia 21 no bairro Flores, zona Centro-Sul, foi registrado por câmeras de segurança e motivado por ciúmes, conforme as investigações.
Dono de motel usava arma registrada em Manaus
Acompanhado do irmão, Nunes apresentou-se espontaneamente no Departamento de Polícia Metropolitana (DPM), onde cumpriu mandado de prisão preventiva.
Durante o depoimento, foi constatado que a arma utilizada no crime, uma pistola, estava registrada em seu nome, já que ele é atirador desportivo.
“A arma foi usada no crime, conforme ele admitiu informalmente”,
Emboscada
Conforme relatos feitos pela mãe do suspeito à polícia, ele chegou a Manaus por volta das 22h, após viagem a São Paulo, e foi ao condomínio da ex-companheira para ver a filha do casal, de 2 anos.

Após breve contato com a criança, decidiu esperar Kellen chegar para “verificar com quem ela estava”. A mãe tentou dissuadi-lo, mas ele permaneceu no local.
“Aquela situação configura como uma emboscada que dificultou aí qualquer esboço de reação por parte da vítima, um empresário aqui do ramo de pizzaria da região metropolitana de Manaus”, disse o delegado Cícero Túlio, titular do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP).
Ao avistar as vítimas no carro, efetuou diversos disparos contra o veículo, dos quais atingiram a lataria.
Investigação
O delegado destacou que o inquérito apura homicídio triplamente qualificado (por motivo fútil, emprego de recurso que impossibilitou a defesa e emboscada) e tentativa de feminicídio.
“Não há passagens anteriores pelo crime, mas os elementos colhidos — como vídeos e depoimentos — são robustos”, explicou Túlio.
O motivo seria algo passional, relacionado a um envolvimento que ele tinha com uma das vítimas. Muito embora tenha sido relatado que há aproximadamente dois anos eles já não teriam qualquer espécie de relação.
“Mas isso, para fins do inquérito, não vai nem prejudicar, nem melhorar a situação dele”, finalizou o delegado.
Nunes foi encaminhado para audiência de custódia e aguarda julgamento. O inquérito será remetido ao Ministério Público, que decidirá pela denúncia.
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