Entenda a justificativa da PGR ao pedir arquivamento de inquérito sobre cartão de vacina de Bolsonaro

O arquivamento da investigação da Polícia Federal (PF) que apurava fraudes no cartão de vacina do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), durante a pandemia de Covid-19, foi pedido pelo pelo Procurador-Geral da República, Paulo Gonet. 

Há um ano, a PF indiciou Bolsonaro e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informação. Bolsonaro atestava falsamente uma dose contra a Covid.

Para Gonet, não existem provas suficientes que mostrem falsificação de dados. Da mesma forma, o Procurador pediu o arquivamento do caso do deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ), indiciado junto com Bolsonaro.

“Diante da ausência de elementos que justifiquem a responsabilização de Jair Messias Bolsonaro e Gutemberg Reis de Oliveira pelos crimes de inserção de dados falsos em sistema de informações (art. 313-A do Código Penal), promovo o arquivamento do inquérito no que tange a esses dois investigados”, diz Gonet.

Ele ainda pede que os autos sejam enviados para as instâncias ordinárias, que, de acordo com ele, são responsáveis por investigar outros envolvidos sem prerrogativa de função. Há como destaque: 

• Gabriela Cid, mulher do tenente-coronel, Mauro Cid;
• Coronel Marcelo Câmara; 
• Ex-major do Exército Ailton Barros. 

Esse foi o primeiro indiciamento formal da PF contra o ex-presidente no Supremo Tribunal Federal (STF). Agora, é de responsabilidade da Corte, por meio do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito, arquivar ou não.

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