Justiça Restaurativa discute bullying para propor cultura de paz em escola da capital

O Núcleo de Justiça Restaurativa da Vara da Infância e da Juventude da Capital, coordenado pelo juiz de direito André Milani, realizou a primeira etapa do projeto que visa prevenir a judicialização de conflitos escolares e fortalecer a cultura de paz por meio da Justiça Restaurativa. O evento ocorreu neste mês na Escola Básica Municipal Darcy Ribeiro, localizada no bairro do Rio Vermelho.

Foram realizados círculos de construção da paz com os estudantes do sétimo ano do ensino fundamental. O bullying foi o tema central. Eles compartilharam vivências, sentimentos e expectativas. O objetivo dos círculos é estimular a construção de um ambiente onde todos se sintam responsáveis pelo cuidado, respeito e bem-estar coletivos, sob a premissa do diálogo.

Em um feedback anônimo, 70% dos estudantes classificaram a experiência como “ótima”, 28% como “boa” e 2% como “indiferente”. Além disso, 100% afirmaram que outras turmas deveriam vivenciar os círculos. Um deles disse: “Todo mundo merece compartilhar o que guarda dentro de si e não sabe falar”. Outro escreveu: “Às vezes a gente faz bullying sem perceber”. Além de falar, eles também ouviram — e isso foi anotado por um dos participantes: “Foi bom ouvir os outros”.

A direção da escola ressaltou a relevância da atividade e solicitou a realização de novos círculos, com outras turmas, no mês de maio. Além da escola Darcy Ribeiro, outras duas vão receber o projeto em breve. Em uma delas, a principal demanda envolve casos de bullying. Na outra, há relatos de agressão física entre alunos.

“A expectativa é que essas experiências continuem a transformar os espaços escolares e inspirem outras instituições a adotar práticas restaurativas como ferramenta para a prevenção de conflitos e fortalecimento da cultura de paz”, afirma a servidora Magda Regina Casara, do Núcleo de Justiça Restaurativa.

O Núcleo mantém comunicação direta com a Coordenadoria Estadual da Infância e da Juventude (Ceij), sob o comando da desembargadora Rosane Portella Wolff, e com o Comitê de Justiça Restaurativa do TJSC.

A ação deste mês foi realizada em parceria com a diretora da escola, professora Gisele Rosa, e teve o apoio do professor de Geografia, Roberto Souza Ribeiro, e da orientadora educacional da unidade de ensino. A facilitadora do Núcleo de Justiça Restaurativa, Magda Casara, contou com o auxílio das voluntárias Karine Ferreira, Andrea Maurien e Natália Bueno.

Como participar?

A escola interessada em participar do projeto pode entrar em contato com o Núcleo de Justiça Restaurativa da Capital pelo e-mail [email protected](abre em nova aba/janela) ou pelo WhatsApp, no número (48) 3287-6800.

Após a solicitação, será realizada uma análise para verificar se o pedido se enquadra nos critérios do projeto. Em seguida, será agendada uma reunião entre a direção da escola e o Núcleo para planejar as ações conforme as necessidades específicas da instituição. 

Fonte: NCI/Assessoria de Imprensa

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