Homem espia casal de amigos transando, e mulher se revolta: “Terror”

Um caso incomum de violação de intimidade chama a atenção no Distrito Federal. Uma jovem de 29 anos viveu um momento de terror ao flagrar um amigo do então companheiro observando-a nua durante um ato sexual, sem seu consentimento. O episódio, registrado na Polícia Civil (PCDF), agora será analisado pela Justiça sob a perspectiva de violência doméstica.

O incidente

A vítima e o parceiro mantinham um relacionamento há quatro anos e costumavam socializar com amigos em comum, incluindo o acusado. Segundo o relato da mulher, o amigo já havia feito comentários invasivos, perguntando se ela “ficaria com dois homens” ou se “mostraria os seios”. Além disso, ela já havia discutido com o namorado após ele sugerir deixar a porta do quarto aberta durante o sexo para que “alguém pudesse observar”.

Na noite do crime, os três estavam em um bar e decidiram ir para a casa do companheiro da vítima. O combinado era que o amigo dormiria na sala, enquanto o casal ficaria no quarto. No meio da relação sexual, a mulher virou-se e se deparou com o homem nu, parado na porta do cômodo. Em pânico, ela trancou-se no banheiro e, em seguida, deixou a residência.

“Aterrorizante”, relatou a vítima

Em depoimento, a jovem afirmou não saber se o acusado estava se masturbando ou filmando, mas destacou que não houve toque físico. Mesmo assim, descreveu a situação como aterrorizante e traumática, questionando por que o parceiro, que supostamente tinha visão da porta, não interveio. Revoltada, ela registrou um boletim de ocorrência contra ambos.

O caso foi inicialmente enviado à 1ª Vara Criminal de Águas Claras, mas foi redirecionado ao Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher. O juiz responsável destacou que o fato deve ser analisado no contexto de violência doméstica, já que ocorreu em um ambiente privado e envolvia uma relação de confiança.

Especialistas apontam que, além de possível voyeurismo (art. 218 do Código Penal), o caso pode configurar violação psicológica, com agravante pela exposição não consentida.

Até o momento, não há informações sobre a versão dos acusados. O Tribunal de Justiça do DF (TJDFT) deve intimificar os envolvidos nas próximas semanas.

Com informações do Portal Metrópoles

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