Obras de artista que teve quadro retirado por Bolsonaro do Planalto integram exposição na Royal Academy of Arts de Londres


Obras de autoria da pintora Djanira da Motta e Silva (1914-1979) de Avaré (SP) integram a exposição “O Nascimento do Modernismo”. Mais importante artista nascida em Avaré (SP), é autora de telas que retratam a vida no interior, a religiosidade brasileira e a relação do homem com a terra.
Divulgação/Prefeitura de Avaré
Obras de autoria da pintora avareense Djanira da Motta e Silva (1914-1979) integram a exposição “O Nascimento do Modernismo” em cartaz na Royal Academy of Arts de Londres. Mais importante artista nascida em Avaré (SP), é autora de telas que retratam a vida no interior, a religiosidade brasileira e a relação do homem com a terra.
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A mostra, que ficará aberta ao público até 21 de abril, reúne mais de 130 obras de dez artistas do modernismo brasileiro, movimento cultural que chacoalhou o cenário artístico no século XX.
O trabalho da avareense aparece ao lado de Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Alfredo Volpi, Lasar Segall e Cândido Portinari, entre outras figuras de renome internacional.
Orgulho avareense
O fato foi comemorado em Avaré. Biógrafo de Djanira, o escritor Gesiel Júnior falou sobre o “orgulho de ver telas da avareense Djanira entre grandes nomes da nossa arte modernista”.
“Ela rompeu com os padrões estéticos europeus da época e criou uma arte moderna para celebrar as culturas, as identidades e as paisagens do Brasil”, explica o pesquisador, autor de mais de 50 livros sobre a história de Avaré e região.
Quem também comemorou o feito foi a secretária Thais Francini Christino, titular da Secretaria Municipal de Cultura.
Obras de autoria da pintora avareense Djanira da Motta e Silva (1914-1979) integram a exposição “O Nascimento do Modernismo”
Divulgação/Prefeitura de Avaré
“A importância de Djanira no cenário cultural nacional e internacional é mais um lembrete do potencial artístico avareense”, destaca a gestora.
“O Circo”, “Candomblé”, “Noite de São João”, “Nossa Senhora Aparecida” e “Meninos com Pipa” são alguns dos trabalhos da artista plástica avareense que possui obras espalhadas pelo mundo.
Obra removida por Bolsonaro
O quadro “Orixás” foi recolado no Salão Nobre do Palácio do Planalto, em Brasília (DF) em 2023. A pintura, que retrata três divindades africanas, havia sido removida da sede do Poder Executivo Federal durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (2019-2022). O episódio foi considerado por muitos como um ataque às religiões afrodescendente.
Obra ‘Orixás’, de Djanira da Motta e Silva, em imagem de 2011
Roberto Stuckert Filho/PR
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