Sinais indicam que saúde de Putin entrou em colapso

Presidente da Ucrânia afirmou que líder russo ‘morrerá em breve’

Em uma declaração que reverberou pelo mundo, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, jogou lenha na fogueira das especulações sobre a saúde de Vladimir Putin. Durante uma viagem à França nesta quinta-feira, 27 de março de 2025, Zelensky afirmou com convicção: “Putin morrerá em breve, e isso é um fato.” A frase, dita em meio a um conflito que já dura anos entre os dois países, reacende um debate que há uma década intriga analistas, jornalistas e até teóricos da conspiração: estaria o todo-poderoso líder russo enfrentando um declínio físico irreversível? E, se for verdade, o que isso significa para a Rússia?

Os rumores sobre a saúde de Putin não são novidade. Desde 2015, quando surgiram as primeiras suspeitas de dores nas costas e possíveis tratamentos com esteroides, a aparência e os movimentos do presidente têm sido dissecados com lupa.

A cronologia dos boatos é quase um roteiro de thriller médico: em 2017, seu rosto inchado levantou hipóteses de abuso de medicamentos; em 2019, fontes grandes em anotações de discursos sugeriram problemas de visão; em 2020, um encontro com um endocrinologista especialista em tireoide alimentou teorias de câncer.

Em 2022, imagens de Putin agarrando uma mesa com força, tremendo ao cumprimentar Lukashenko e exibindo marcas suspeitas de agulhas nas mãos deram fôlego a especulações sobre Parkinson ou câncer de pâncreas. E, em 2024, um estudo japonês de inteligência artificial jogou mais gasolina na fogueira ao “provar” o uso de sósias, com base em análises faciais e discrepâncias em sua postura.

Putin foi visto ‘tremendo e com dor’ enquanto segurava a mesa durante uma reunião televisionada — Foto: Reprodução

Mas será que tudo isso é real ou apenas uma mistura de propaganda e wishful thinking ocidental? Zelensky, claro, tem motivos para desejar — e proclamar — o fim de seu arqui-inimigo. A guerra na Ucrânia transformou Putin em um símbolo de resistência para uns e de tirania para outros, e qualquer sinal de fraqueza no Kremlin é uma vitória psicológica para Kiev. Ainda assim, os indícios são difíceis de ignorar.

Relatos de quedas em casa, dores estomacais e uma vida reclusa em bunkers, como apontado por um general em 2023, pintam o retrato de um homem em declínio. Some-se a isso a teoria dos sósias, que ganhou força após uma viagem ao Azerbaijão em 2024, e temos um enigma: estamos vendo o verdadeiro Putin ou uma versão fabricada dele?

Mão de ferro

Se Putin estiver mesmo gravemente doente — e, mais ainda, se vier a falecer em breve —, as consequências para a Rússia podem ser sísmicas. O país, que ele governa com mão de ferro há mais de duas décadas, não tem um sucessor claro. O sistema político russo é uma teia de lealdades pessoais e interesses oligárquicos, sustentada pela figura quase mítica de Putin.

Sem ele, o vácuo de poder poderia desencadear uma luta interna feroz entre facções do Kremlin, militares e magnatas, com o risco de instabilidade política e econômica num momento em que a Rússia já enfrenta sanções e uma guerra custosa. Por outro lado, uma transição caótica poderia enfraquecer Moscou no cenário global, dando à Ucrânia e ao Ocidente uma janela de oportunidade — ou, quem sabe, abrindo espaço para um líder ainda mais imprevisível.

Por ora, tudo não passa de especulação. Putin, aos 72 anos, segue aparecendo em público, ora firme, ora hesitante, enquanto o Kremlin desmente os rumores com sua costumeira opacidade. Zelensky, com sua declaração bombástica, joga com a narrativa e mantém o mundo em suspense. Se o czar moderno estiver mesmo à beira do fim, a história pode estar prestes a virar uma página dramática. Caso contrário, continuaremos assistindo a esse jogo de sombras, onde a verdade é tão escorregadia quanto o próprio líder russo.

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