Coluna Fábio Machado, terça-feira (31)

Um reflexão sobre o momento da Seleção e do futebol brasileiro

Após a goleada sofrida pela Seleção Brasileira na semana passada, a série A decepcionou em sua rodada de estreia: jogos ruins, arbitragens confusas e atacantes de mal com as redes dos adversários. Algumas partidas deram sono. Nada foi de graça: essa ligação entre a Seleção Brasileira e o futebol nacional em sua primeira rodada tem muita a dizer. Existe e deveria valer como aprendizados. Mas quem disse que a CBF tira lições dos seus insucessos?

> Siga nosso canal no WhatsApp e receba as notícias do TVBV Online em primeira mão

Erros repetidos

A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) não tira lições sobre os seus erros. Isto é algo histórico. Vou dar um exemplo: em 2014, após o 7 x 1 para a Alemanha, o futebol brasileiro precisava ser “reinventado”. Era hora de parar os jogos da Seleção pelo menos por uns seis meses para fazer um “balanço” da situação. Ah, mas o Brasil tinha compromissos anteriormente marcados. Ora, que mandasse o time sub-20. Mas o que então fizeram os dirigentes da época? Nada. Se fizeram de vítima e anunciaram o treinador Dunga, o mesmo que havia fracassado na copa anterior, em 2010.

Ciclos Perdidos

Voltamos agora para a atualidade. O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues sonhou com Carlo Ancelotti, sem que esse contrato estivesse fechado. Conclusão: ele queimou importantes ciclos desde a saída do Tite. Ramon Menezes e Fernado Diniz como interinos. E agora, queima mais um cartucho com o Dorival Júnior que não sobreviveu no cargo após a derrota humilhante diante da Argentina por 4 x 1. Vamos perdendo jogos e perdendo espaços no futebol mundial, e as lições que deveríamos aprender com esses erros que se dane. Afinal, ainda há quem acredite de que somos o país do futebol. Gol da Alemanha, gol da Croácia, gol da Argentina…

Bomba no Figueirense

Como diz um amigo meu “o torcedor do Figueirense não tem um dia de paz”. Ontem encerrou o prazo para o pagamento da primeira parcela da Recuperação Judicial do Alvinegro. E, segundo o repórter Gustavo Willamil, essa parcela não foi paga. Com isso, a partir de hoje, qualquer credor vai poder pedir a falência do Figueirense Futebol Clube. Ontem recebi a informação de que o clube quer mais algumas informações da justiça sobre os termos dessa recuperação judicial. E que uma liminar pedindo a suspensão desse pagamento por 30 dias foi ajuizada. Isso parece ir longe e pelas manifestações da torcida do Figueirense ontem nas redes sociais, o sentimento é de revolta por mais essa novela e esse imbróglio no estádio Orlando Scarpelli.

Jair Ventura

Além daquelas frases protocolares de que o lugar do Avaí é na Série A e de que viemos para a Ressacada para vencer, uma frase na apresentação do treinador Jair Ventura ontem na Ressacada me chamou a atenção. A de que é preciso olhar com carinho para a base do próprio clube. Perfeito. Não se sabe por que motivo, a atual gestão deixou de revelar jogador para o time principal nos anos anteriores, mas voltou a dar espaços para os “pratas da casa” neste estadual. Afinal, a base é o verdadeiro ativo do clube: tanto em termos técnicos como em termos financeiros.

Memória: Equipe do Avaí no ano de 1985

Seção Memória relembra equipes, atletas, estádios e fatos marcantes do nosso futebol.

Na foto, uma das formações do Avaí de 1985. A equipe contava com nomes conhecidos como o…

Continue lendo