Neste mês, a campanha Abril Azul ganha destaque na luta pela conscientização sobre o autismo, também chamado de Transtorno do Espectro Autista (TEA).
A iniciativa está alinhada ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo, celebrado nesta quarta-feira (2), data estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) para promover a inclusão e combater o preconceito.
Psicólogo alerta sobre o autismo no “Abril Azul”
Em entrevista à Rádio Norte FM 95,1, o psicólogo Darquiel Mattos, da MUPA – Mãos Unidas Pelo Autismo, alertou sobre os perigos da desinformação relacionada ao autismo.
Entre os mitos mais persistentes está a falsa ligação entre vacinas e o desenvolvimento do TEA – teoria já amplamente desmentida pela ciência.
“Para uma pessoa bem informada, as fake news não chegam. Mas muitas famílias, especialmente as que têm menos acesso à informação, ainda caem nesses boatos”, explicou Mattos. “O autismo tem origem genética e biológica. A pessoa nasce autista, não se torna autista por vacina, trauma ou febre.”
O psicólogo destacou que essas notícias falsas causam impacto emocional e cognitivo nas famílias, que muitas vezes ficam perdidas sem saber a quem recorrer.
“É essencial buscar orientação de profissionais qualificados ao notar comportamentos diferentes em crianças, como dificuldades de comunicação ou interação social”, reforçou.
Acolhimento e empatia
Mattos ressaltou a importância da empatia e do respeito no trato com pessoas autistas.
“A primeira coisa que eu digo é: abra a mente para novos conhecimentos e o coração para novas pessoas. Quem está dentro do espectro autista precisa de nossa compreensão, paciência e apoio. Muitas vezes, temos mais a aprender com elas do que ensinar”, disse.
A MUPA e outras instituições reforçam a necessidade de informação de qualidade e políticas públicas que garantam o acolhimento adequado a pessoas com TEA e suas famílias.
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