
Fenômeno chamou atenção de banhistas na Praia de Putiri, em Aracruz, Norte do Espírito Santo, durante passagem de frente fria pelo estado. Tromba d’água surpreende banhistas em praia de Aracruz, Norte do ES
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O final de semana na praia rendeu o registro de um momento inusitado para banhistas que estavam na Praia de Putiri, em Aracruz, no Norte do Espírito Santo, neste sábado (5). Uma tromba d’água se formou a pouco metros da faixa de areia, por volta das 17 horas e chamou a atenção das pessoas.
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O registro foi feito pelo produtor rural Thiago Rodrigues, que mora em Aracruz. Ele estava com a filha, de 12 anos, que mora fora e estava na cidade passeando com o pai.
“Na hora que vimos, minha filha já soltou: ‘olha, pai, uma tromba d’água’. Ela gosta muito de fenômenos da natureza. Paramos de jogar e ficamos observando até ela sumir”, contou Thiago.
Outros banhistas também registraram o momento. No vídeo, é possível ver a chegada de um redemoinho no céu, com o tempo mais fechado. Dois barcos também navegam na direção do fenômeno.
Ele começou a filmar assim que percebeu que algo diferente estava se formando no mar, que estava agitado. “Tinha se formado um arco-íris no horizonte, aí vimos a formação do que parecia a tromba d’água também”, informou.
A intensidade do vento também fez com que ele quase perdesse uma bola com a qual se divertia na areia. A tromba d’água durou cerca de 30 minutos.
Tromba d’água em Aracruz, no Norte do Espírito Santo
Thiago Rodrigues/Reprodução
O fenômeno pode ter surgido por causa da frente fria que passa pela Região Sudeste do país e também atinge o Espírito Santo. Em várias cidades do Sul capixaba, a chuva de sexta para sábado invadiu igreja, alagou ruas e praças públicas. Mais de 40 pessoas tiveram que deixar suas casas.
Muitas vezes confundida com furacão ou tornado, a tromba d’água é um fenômeno meteorológico. O evento surge quando uma nuvem intensa de chuva forma uma espécie de funil sobre uma área aberta e com muita água, sendo registrado na maioria das vezes sobre o mar.
O acontecimento também é confundido com a cabeça d’água, mas há diferenças, principalmente porque a cabeça acontece nos leitos dos rios.
Essa situação é mais comum do que se imagina e pode ocorrer quase que inesperadamente. É o que garante a meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Marlene Leal. Mas ela ressalta a diferença entre cabeça e tromba d’água.
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“Para que as duas coisas aconteçam, e elas são diferentes, é preciso ter uma condição de chuva forte, seja de frente fria, por aquecimento (do ar) ou umidade relativa alta, formando aqueles cumulonimbus, que são nuvens carregadas com muita água e que são as causadoras de tempestades com grande volume de precipitação em um curto tempo. Com esses fatores, a cabeça d’água é perigosíssima porque pode ocorrer de se estar em uma cachoeira e com tempo bom e céu claro, mas na cabeceira do rio já está com uma condição de chuva forte. Então pode ocorrer um transbordamento e essa água vai descer rapidamente. Ela ocorre repentinamente e pode nem ser percebida por quem está na água”, ressaltou.
A cabeça d’água é uma situação que ocorre especificamente sobre cabeceiras de rios ou cachoeiras e é mais comum no verão, visto a maior quantidade de chuvas. Ela acontece quando uma nuvem volumosa se rompe de repente em forma de chuva rápida, despejando muita água e aumentando o volume do rio ou cachoeira, por isso torna-se tão perigosa.
A tromba d’água, por sua vez, é quando uma nuvem intensa de chuva forma uma espécie de funil sobre uma área aberta e com muita água, como acontece nos oceanos e rios caudalosos, por isso o fenômeno é mais comum na Região Norte do Brasil.
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