
O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elevou a pressão sobre a China ao anunciar que pretende aumentar as tarifas sobre produtos chineses em mais 50%, caso o país asiático não recue da retaliação tarifária anunciada na última semana.
A declaração foi feita nesta segunda-feira (7), por meio de sua rede social.
Trump estipulou um prazo para a retirada das tarifas impostas por Pequim, que elevaram em 34% os impostos sobre itens norte-americanos.
Segundo ele, caso a China não reverta essa decisão até terça-feira (8), às 12h no horário de Washington — 13h em Brasília —, os Estados Unidos implementarão a nova rodada de tarifas já na quarta-feira (9).
Durante uma coletiva na Casa Branca, o ex-presidente reforçou o ultimato e afirmou que conversas com outros países interessados em negociar os tributos norte-americanos terão início imediato.
Ele ressaltou que os EUA estão diante da chance de corrigir práticas comerciais desleais que, segundo ele, deveriam ter sido enfrentadas há décadas.
Linha do tempo da tensão entre EUA e China
A tensão entre as duas maiores economias do mundo cresceu após o governo Trump anunciar uma tarifa recíproca de 34% sobre todas as importações da China.
A medida soma-se a uma taxa anterior de 20%, adotada como forma de pressionar o governo chinês a conter o envio de fentanil aos Estados Unidos — substância apontada como uma das principais causas da crise de opioides no país.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, confirmou, na quarta-feira (2), que a partir de 2 de maio, essa nova tarifa também será aplicada a encomendas com valor abaixo de US$ 800 provenientes da China e de Hong Kong, eliminando a isenção de minimis que antes beneficiava esses pacotes.
Em resposta, o governo chinês anunciou na última sexta-feira (4) que irá taxar em 34% todos os produtos importados dos EUA, com início da medida previsto para quinta-feira (10).
O ministro das Finanças da China afirmou que a decisão é uma reação direta ao “tarifaço” de Trump, que tem a chance de prolongar seu mandato, e visa proteger os interesses econômicos do país.
As medidas tomadas por ambos os lados já repercutem nos mercados internacionais. Investidores temem que o agravamento da disputa tarifária entre Washington e Pequim desencadeie novos impactos econômicos, afetando bolsas de valores e cadeias de fornecimento em escala global.
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