Vacina contra herpes reduz risco de demência, diz estudo

Os casos de demência têm aumentado no mundo todo nos últimos anos. Esta elevação no número de diagnósticos da doença tem diversas explicações.

Entre elas está o envelhecimento da população e o estilo de vida das sociedades modernas.

No entanto, a ciência pode ter encontrado um aliado para frear o avanço desta condição neurodegenerativa. Pesquisadores da Stanford Medicine, nos Estados Unidos, descobriram que a vacina contra a herpes zoster reduz o risco de demência em 20%.

Herpes zoster e a ligação com a demência

  • A herpes zoster é uma doença que aparece na pele, causada pelo Vírus Varicela-Zoster (VVZ), o mesmo que provoca a catapora.
  • O vírus pode ficar adormecido no organismo da pessoa por anos.
  • A reativação dele costuma ocorrer na idade adulta ou em pessoas com comprometimento imunológico, como os portadores de doenças crônicas (hipertensão, diabetes), câncer, Aids, transplantados e outras.
  • Por isso, o risco de herpes zoster é maior em idosos, onde a doença pode ser mais grave, com maior probabilidade de complicações como dor persistente nos nervos e infecções oculares dolorosas.
  • Dessa forma, a vacina é recomendada para adultos com 50 anos ou mais.
  • Não se sabe exatamente o que reativa o vírus.
Casos de herpes zoster podem ter ligação com a demência (Imagem: aslysun/Shutterstock)

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Cientistas não sabem o que provocou este efeito protetor

Outros estudos já haviam apontado evidências de que os herpesvírus, dos quais a herpes zoster faz parte, desempenham um papel no desenvolvimento da doença. Mas, desta vez, os cientistas analisaram os efeitos da aplicação da vacina nos pacientes.

Os pesquisadores obtiveram dados detalhados de 282.541 adultos que residiam no País de Gales e não tinham diagnóstico de demência quando um programa de vacinação contra a herpes zoster começou no país. Os participantes foram acompanhados por sete anos.

enfermeiro segurando uma vacina seringa insumo imunizante
Quem recebeu a vacina teve menos chances de desenvolver a doença neurodegenerativa (Imagem: RF._.studio/Pexels)

Em 2020, um em cada oito pacientes, então com 86 e 87 anos, havia sido diagnosticado com demência. No entanto, quem recebeu o imunizante teve 20% menos chances de receber o diagnóstico da doença neurodegenerativa.

A equipe admite que não sabe ao certo o que motivou uma maior proteção contra a demência em pessoas vacinadas contra a herpes zoster. A ideia é realizar novos estudos para decifrar este mistério. O estudo foi publicado na revista Nature.

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