Uma médica oftalmologista de 33 anos foi morta a tiros em Itajubá, no Sul de Minas Gerais, na última segunda-feira (7).
O crime ocorreu durante o dia, próximo ao Hospital de Clínicas da cidade, enquanto a médica Paula Sandri Frantz permanecia dentro do próprio veículo. Nascida no Acre e residente em Minas Gerais, ela era prima do vereador Felipe Tchê (MDB).
O caso, que envolve uma negociação milionária e suposta ligação com o sistema prisional, está sendo investigado pela Polícia Civil.
Testemunhas relataram que os autores dos disparos se aproximaram em outro automóvel e atiraram diversas vezes.
Como foi o socorro e a ação a polícia
A vítima morreu antes da chegada do socorro, conforme confirmação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Câmeras de monitoramento das redondezas permitiram que os investigadores rastreassem o veículo usado pelos criminosos.
A Polícia Militar montou barreiras nas estradas próximas e, ainda na mesma tarde, localizou o carro suspeito em um trevo do município vizinho de Delfim Moreira.
As autoridades prenderam dois indivíduos: um homem de 26 anos e um adolescente de 16, ambos oriundos de Campo Grande (MS).
Durante depoimento à Polícia Civil, eles confessaram participação no assassinato. A arma de fogo utilizada foi apreendida.
Segundo a versão apresentada pelo menor, ele teria sido contratado para executar a vítima mediante pagamento de R$ 20 mil.
R$ 300 mil
A motivação do crime estaria relacionada à venda de um trator avaliado em R$ 300 mil, realizada por meio de uma plataforma online. De acordo com o relato, a oftalmologista teria recebido todo o valor, descumprindo um suposto acordo firmado anteriormente.
As investigações apontam que a dupla saiu de Campo Grande na sexta-feira anterior ao homicídio e ficou hospedada em um hotel em Itajubá até o momento de executar o plano.
O homem detido relatou que conheceu o pai da médica quando ambos estavam presos no mesmo presídio da capital sul-mato-grossense, o que teria originado a articulação do crime.
A Polícia Civil instaurou inquérito para aprofundar a apuração do caso, esclarecer as circunstâncias do assassinato e descobrir se outras pessoas participaram da execução. A linha investigativa considera a possibilidade de crime premeditado com motivações financeiras.
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