A Câmara dos Deputados prestou homenagem nesta terça-feira (8) ao Acampamento Terra Livre (ATL), maior mobilização indígena do Brasil. amor
No plenário, indígenas com vestimentas tradicionais e pinturas corporais deram o tom da resistência e da diversidade cultural. O objetivo é reforçar a luta pelos direitos dos povos originários e a proteção dos territórios tradicionais.
A 21ª edição do evento, que acontece até sexta-feira (11), em Brasília, reúne entre 6 mil e 8 mil representantes de mais de 135 etnias de todas as regiões do país.
A sessão solene foi proposta pela deputada federal Célia Xakriabá (Psol-MG) e contou com a presença de lideranças indígenas e autoridades, como as ministras Sônia Guajajara (Povos Indígenas), Macaé Evaristo (Direitos Humanos), a presidenta da Funai, Joenia Wapichana, e o secretário nacional de Saúde Indígena, Weibe Tapeba.
Acampamento Terra Livre
Com o tema “Apib Somos Todos Nós: Em Defesa da Constituição e da Vida”, o ATL 2025 levanta bandeiras como a demarcação de terras, proteção ambiental e fortalecimento da democracia.
A ministra Sônia Guajajara destacou que o acampamento é símbolo de luta e também de cultura. “É a maior mobilização indígena do mundo”, disse a ministra.
O cacique Raoni, que tem 93 anos e é uma das maiores lideranças do país, pediu aos povos indígenas que continuem na luta pela defesa de seus territórios e de seu modo de vida.
“Há muito tempo, comecei a ter esse papel para defender o nosso povo e até hoje eu luto para defender o nosso direito. Para que haja uma terra, para que a nova geração tenha seu próprio modo de vida dentro do território. E é isso que eu peço para vocês, que continuem lutando, que tenham força”, afirmou Raoni.
Luta pelos direitos e segurança
O ATL completa 20 anos de luta pela garantia dos direitos dos povos indígenas, incluindo a demarcação de terras.
“Este é o Congresso que sonhamos. Um Congresso que começa conosco, os primeiros brasileiros”, declarou a deputada federal Célia Xakriabá.
Durante a cerimônia, Dinamam Tuxá, da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), criticou projetos que ameaçam os direitos dos povos originários, como o Marco Temporal.
“Enquanto atacam nossas terras, esta Casa propõe PECs e PLs que afrontam a Constituição”, afirmou.
*Com informações da Agência Brasil.
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