O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu aos nortes-americanos para manterem a calma e continuarem investindo nas ações do país. O pedido veio após a China anunciar uma nova taxa sobre os produtos estadunidenses, de 50%, que elevou a alíquota total para 84%.
“ESTE É UM ÓTIMO MOMENTO PARA COMPRAR”, disse Trump nesta quarta-feira (9) em uma postagem na Truth Social. “Fiquem calmos, tudo vai dar certo. Os EUA serão maiores e melhores do que nunca”, completou.
A fala do presidente acontece em meio ao clima de apreensão no mercado financeiro, uma vez que as bolsas globais despencaram após o anúncio do “tarifaço” na última quarta (2). Nos EUA, as principais gigantes da tecnologia (Apple, Microsoft, Nvidia, Amazon, Alphabet, Meta e Tesla) viram seu valor de mercado encolher em US$ 4,55 trilhões.
No entanto, algumas ações começaram a se recuperar após a publicação do mandatário. Os índices Dow Jones Industrial Average e o S&P 500 voltaram ao campo positivo, e o Nasdaq 100 também voltou a ter alta.
O republicano também ressaltou que Jamie Dimon, do JPMorgan Chase, elogiou a iniciativa de consertar as tarifas e o comércio durante a participação em um programa nesta terça.
Entretanto, Trump não mencionou que Dimon previu que uma recessão seria “um resultado provável” do tarifaço.
Guerra comercial
A troca de tarifas entre os Estados Unidos e a China se intensificou na última semana, quando Trump anunciou o tarifaço. A ofensiva protecionista consiste em aplicar taxas entre 10% e 50%, sobre mais de 180 países – entre eles o Brasil.
O governo chinês foi o primeiro a retaliar a taxação de Trump. O país asiático prometeu “lutar até o fim” e acusa os Estados Unidos de praticarem unilateralismo, protecionismo e intimidação econômica.
Um porta-voz do Ministério das Relações Internacionais da China afirmou que o país está disposto a negociar, mas “se os EUA realmente quiserem resolver o problema por meio do diálogo e da negociação, devem adotar uma postura de igualdade, respeito e benefício mútuo”.
“Os Estados Unidos continuam abusando das tarifas para pressionar a China. A China se opõe firmemente a isso e jamais aceitará esse tipo de intimidação”, completou.
