
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) informou que cumpre as obrigações previstas no contrato de gestão firmado com o Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS) e fez todos os repasses necessários. Maternidade Lourdes Nogueira em Aracaju.
Anderson Barbosa/TV Sergipe/Arquivo
Uma inspeção conjunta realizada pelo Sindicato dos Médicos de Sergipe (Sindimed) e pelo Conselho Regional de Medicina (CRM-SE), nessa terça-feira (8), expôs graves irregularidades na Maternidade Municipal Lourdes Nogueira, localizada no bairro 17 de Março, Zona de Expansão de Aracaju.
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Essa é a terceira fiscalização na unidade em 2025. A primeira ocorreu no mês de janeiro, a segunda em março, e em ambas já haviam sido apontados os mesmos problemas: atrasos salariais, falta de insumos básicos e condições de trabalho degradantes para os funcionários.
Segundo Argemiro Macedo, vice-presidente do Sindimed, e Jilvan Pinto Monteiro, presidente do CRM-SE, os funcionários estão trabalhando sem carteira assinada e com sobrecarga de trabalho. No dia da inspeção, eles verificaram que havia apenas dois médicos no PPP (pré-parto, parto e pós-parto), quando deveriam ser três.
Também foi constatada a falta de papel toalha e sabão para higiene das mãos na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin), na Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal Convencional (Ucinco) e nas enfermarias, o que, de acordo com os órgãos envolvidos, compromete a segurança sanitária de todos.
O Sindimed convocou os médicos para uma reunião na próxima terça-feira (15) com a presença da diretoria e do setor jurídico, para discutir medidas e pressionar por respostas.
O que diz a Secretaria Municipal da Saúde
Por meio de nota, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) informou que cumpre as obrigações previstas no contrato de gestão firmado com o Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS), atual responsável pela administração da unidade.
Ainda segundo a secretaria, entre janeiro e abril de 2025, foram repassados ao INTS o total de R$ 25.061.662,08, sendo R$ 6.208.431,32 apenas no mês de abril, garantindo os recursos necessários para o pleno funcionamento da maternidade. O contrato com o INTS segue vigente até o dia 30 de abril de 2025.