Criador de porcos é multado em quase R$ 500 mil por maus-tratos no Amazonas

Um criador de porcos no km 64 da BR-174, no Amazonas, foi multado em quase R$ 500 mil por manter animais em condições degradantes e por cometer infrações ambientais graves.

A ação ocorreu por equipes do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), da Adaf e da Polícia Militar do Amazonas, por meio do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPAmb).

Durante a operação, fiscais encontraram 104 suínos, entre adultos e filhotes, sendo alimentados apenas com caroços de açaí. Muitos estavam visivelmente desnutridos, e alguns já sem vida.

Animais encontrados no local. Foto: Divulgação/ Moisés Henrique/ Ipaam.

A criação operava sem licença ambiental, e os dejetos dos animais estavam sendo despejados em um curso d’água da região.

Também identificaram seis animais silvestres mantidos ilegalmente em cativeiro: cinco queixadas (porcos-do-mato) e um jabuti-tinga. Nenhum deles tinha autorização para permanência na propriedade.

Multas ao criador de porcos

O Ipaam emitiu quatro autos de infração, totalizando R$ 490.970,00 em multas. Além disso, os fiscais embargaram a propriedade e proibiram o funcionamento dos dois galpões usados na criação, até que o responsável corrija todas as irregularidades.

O capitão José Inácio, do BPAmb, informou que a fiscalização teve início após uma denúncia anônima sobre maus-tratos a suínos e criação irregular de animais silvestres.

Diante da gravidade da situação, o Ipaam chamou uma equipe de médicos-veterinários e também solicitou apoio da Adaf para avaliar as condições dos animais.

Criador com porcos sofrendo maus-tratos no Amazonas. – Foto: Divulgação/ Moisés Henrique/ Ipaam.

Abate sanitário será realizado

A médica-veterinária Jeane Barbosa, da Adaf, explicou que alguns suínos apresentavam sinais clínicos neurológicos e não têm condições de entrar na cadeia de consumo.

Como resultado, a equipe realizará um abate sanitário, medida que busca conter riscos sanitários e evitar a disseminação de doenças como Peste Suína Clássica, Peste Suína Africana, entre outras.

Além disso, a equipe também definirá o destino das carcaças, que irão para um graxeiro licenciado, garantindo o descarte adequado. Por conta disso, a propriedade permanece interditada.

Por fim, o responsável pela criação tem 20 dias para quitar as multas ou apresentar defesa, conforme determina o Decreto Federal nº 6.514/08.

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