Botulismo: a doença grave que assusta pela facilidade de contágio; conheça os sintomas e previna-se

O botulismo é uma doença rara e grave, causada por uma potente toxina neuroparalítica produzida pela bactéria Clostridium botulinum.

Embora não seja contagiosa, a enfermidade representa uma ameaça à vida por comprometer o sistema nervoso e os músculos respiratórios. No Brasil, a maior parte dos casos está relacionada à ingestão de alimentos contaminados.

A toxina entra no corpo principalmente por meio de feridas infectadas ou pelo consumo de alimentos mal conservados.

Por isso, o Ministério da Saúde exige que os casos sejam notificados em até 24 horas, permitindo ações rápidas de vigilância para evitar novos registros.

Se não for tratada com urgência, a doença pode evoluir para insuficiência respiratória e até levar à morte. Apesar da gravidade, o botulismo tem cura, e a maioria dos pacientes consegue se recuperar sem sequelas quando o diagnóstico é feito precocemente e o tratamento iniciado imediatamente.

Em 2024, o botulismo foi responsável pela paralisia de jovem após ela tomar uma colher de sopa enlatada.

O botulismo foi responsável pela paralisia de Claudia de Albuquerque. – Foto: Reprodução/Redes sociais

Quais são os sintomas e como é feito o diagnóstico

Os sinais da doença variam conforme o tipo de infecção, mas os mais comuns incluem: dificuldade para falar, engolir e respirar, fadiga, visão turva ou dupla, paralisia muscular, prisão de ventre, tontura, e náuseas. Nos casos mais graves, o comprometimento dos músculos respiratórios pode causar a morte.

O processo de diagnóstico começa com exame físico feito por um médico, que pode solicitar análises laboratoriais e exames de imagem para confirmar a infecção.

Entre os indícios observados estão: reflexos musculares reduzidos ou ausentes, queda das pálpebras, paralisia intestinal, retenção urinária e perda de força muscular.

Tipos de botulismo

  • Alimentar: sintomas gastrointestinais como náuseas, diarreia, vômitos e dor abdominal surgem antes ou junto aos sinais neurológicos, como fraqueza muscular e visão embaçada.
  • Por ferimentos: semelhante ao tipo alimentar, mas com febre no local da infecção. Feridas internas, como na mucosa nasal ou em locais de injeção, devem ser investigadas.
  • Intestinal (infantil): em bebês, pode causar constipação, choro fraco, dificuldade para mamar e até parada respiratória. O mel mal conservado é um dos principais riscos — e nunca deve ser oferecido a crianças menores de um ano.
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Como prevenir o botulismo

A forma mais eficaz de prevenção está na higiene adequada dos alimentos e no cuidado com conservas caseiras e produtos industrializados. Especialistas alertam que é fundamental evitar o consumo de conservas armazenadas em latas estufadas, vidros opacos ou com cheiro alterado.

Outras recomendações importantes incluem:

  • Ferver alimentos suspeitos por ao menos 15 minutos antes do consumo.
  • Manter conservas sempre refrigeradas abaixo de 15ºC.
  • Adotar rigorosos cuidados de higiene no preparo de alimentos.
  • Certificar-se da limpeza dos estabelecimentos onde se alimenta.
  • Lavar bem as mãos antes das refeições e do preparo dos alimentos.
  • Evitar dar mel a bebês menores de 12 meses, devido ao risco elevado de contaminação.

As autoridades de saúde reforçam que qualquer forma de botulismo é uma emergência médica e exige atendimento imediato.

O tratamento hospitalar, com uso de antitoxinas e suporte intensivo, pode salvar vidas e garantir a recuperação total dos pacientes.

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