
Segundo a Polícia Civil, a suspeita é de que o grupo controle empresas por meio de cartel, uma prática ilegal, para vencer processos licitatórios da cidade. Operação policial investiga grupo criminoso suspeito de fraudar licitações em Caraguatatuba, SP
Divulgação/Polícia Civil
A Polícia Civil realiza, nesta quinta-feira (10), uma operação para investigar um grupo criminoso suspeito de fraudar licitações em Caraguatatuba, no Litoral Norte de São Paulo.
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Apesar do crime ser investigado em Caraguatatuba, policiais civis da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de São José dos Campos cumpriram mandados de busca e apreensão em três locais de Guarujá, dois de São Paulo e um de Praia Grande.
Os alvos das buscas são sedes das empresas investigadas e casas de pessoas suspeitas de integrarem o grupo criminoso. A operação recebeu o nome de ‘Cartel do Pregão’.
De acordo com a Polícia Civil, as investigações tiveram início após uma denúncia anônima sobre a atuação de um cartel em processos licitatórios da cidade. Cartel é uma prática ilegal, em que duas ou mais empresas tentam controlar o mercado para obter vantagens.
As investigações comprovaram que empresas suspeitas venceram licitações na cidade ofertando preços até três vezes superiores aos valores de mercado, com indícios de superfaturamento.
Por conta da suspeita, a polícia tenta descobrir se empresas – que supostamente eram concorrentes na licitação – na verdade agiam junto com o esquema para simular competitividade na disputa pelos contratos públicos.
“A apuração identificou o envolvimento de um grupo empresarial composto por diversas pessoas jurídicas, formalmente distintas, mas que compartilham endereços comerciais, contabilidade, identidade visual e vínculos operacionais, indicando a existência de uma estrutura empresarial unificada utilizada para fraudar licitações e dissimular a origem e destinação de recursos públicos”, diz a Polícia Civil.
Ainda segundo a Polícia Civil, Relatórios de Inteligência Financeira (RIFs) do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) relevaram transferências de mais de R$ 50 milhões entre as empresas.
“Parte significativa das operações financeiras foi considerada atípica pelas instituições bancárias envolvidas, sugerindo práticas de ocultação patrimonial e lavagem de capitais.”
Os crimes investigados são fraudes licitatórias, lavagem de capitais, associação criminosa e crimes contra a administração pública.
O g1 acionou a Prefeitura de Caraguatatuba e aguarda retorno.
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