Uma mulher de 30 anos denunciou o ex-companheiro, um empresário e instrutor de tiros, por agressões físicas, psicológicas e ameaças com arma de fogo, tudo na frente da filha de três anos, em Manaus.
Em entrevista exclusiva à TV Norte Amazonas, a vítima, Raquel de Paula, relatou que as violências começaram após o nascimento da criança.
“As violências começaram após o nascimento da nossa filha, tanto a violência psicológica, física e patrimonial. Isso não cessou até eu fazer a medida protetiva”, revelou a vítima.
Mulher passava por terror psicológico e ameaças com arma em Manaus
Raquel contou que o suspeito, que tinha armas em casa por ser instrutor de tiro, usava os equipamentos para intimidá-la e aterrorizá-la.
“Quando eu era traída e pedia para separar, ele fazia terror psicológico, colocando a arma na própria cabeça e dizendo que ia se matar – e a culpa seria minha. Depois, começou a ameaçar matar todo mundo, eu, ele e minha filha”, desabafou.
Raquel de Paula, vítima
Ela também revelou sentir-se coagida pelo histórico do ex-companheiro.
“Depois de ver um homem, atirador, até então presidente do clube de tiro, com influência e amigos na polícia, eu fiquei com medo”, disse.
Medida protetiva contra as vítimas
A situação piorou quando um suposto advogado do agressor invadiu a casa dela para tentar retirar as armas. Raquel chegou a acionar a polícia para que os equipamentos fossem removidos, mas, até agora, nada foi feito.
Apesar de ter conseguido uma medida protetiva, Raquel não obteve a extensão da proteção para a filha e vive apreensiva.
“Desde quando ele foi notificado sobre a medida [em novembro de 2024], eu tenho medo que ele me ataque”, confessou.
Além disso, Raquel revelou que está com a energia elétrica e água cortadas em sua casa após o suspeito solicitar a suspensão.
Notas
Em nota, o clube de tiro onde o suspeito trabalhava informou que ele não tem mais vínculo com a instituição desde janeiro deste ano. Enquanto isso, Raquel segue em alerta, esperando que as autoridades garantam sua segurança e a da filha.
O caso já está registrado na Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), que ressaltou que ambos os envolvidos foram intimados para prestar esclarecimentos.
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