Um russo de 44 anos foi preso em flagrante na última quarta-feira (9) no bairro Rio Vermelho, em Florianópolis, acusado de manter a companheira tailandesa e a filha do casal, uma bebê de apenas 3 meses, em cárcere privado por cerca de 90 dias. A informação foi publicada pelo portal G1 nesta sexta-feira (11), que confirmou com o delegado Cleber Serrano a conversão da prisão em preventiva, deferida hoje pela Justiça.
Segundo a Polícia Civil, o homem chegou ao extremo de chumbar a porta da casa para impedir que a mulher fugisse, além de submetê-la a agressões físicas.
A operação que resultou no resgate das vítimas começou após um bombeiro militar alertar a Polícia Militar sobre a suspeita de uma mulher em cárcere no bairro. Ao chegarem ao local, os policiais se depararam com uma residência fortemente protegida, equipada com câmeras de monitoramento, muro alto e cerca elétrica. No interior da casa, encontraram a vítima, a bebê e o suspeito.
Apesar da barreira do idioma, a mulher conseguiu relatar aos agentes que estava proibida de sair, de manter contato com familiares e amigos e de usar o celular. Ela também apresentou lesões corporais antigas, que, segundo o delegado Serrano, não exigiram encaminhamento hospitalar imediato, mas foram documentadas em exame de corpo de delito.
“A filha do casal foi mantida em cárcere junto com a mãe. As condições eram graves, com total isolamento imposto pelo suspeito”, informou Serrano ao G1. Durante a ação, a polícia apreendeu uma arma de airsoft na residência. O russo declarou aos policiais que trabalhava com criptomoedas, mas não forneceu detalhes sobre sua relação com a vítima. A Polícia Civil apurou que o casal se conheceu na Tailândia, embora o tempo de relacionamento ainda seja incerto.
A brutalidade do caso chocou os moradores do Rio Vermelho, um bairro tranquilo da capital catarinense. A prisão preventiva decretada hoje reforça a gravidade das acusações, que incluem cárcere privado, violência doméstica e, potencialmente, outros crimes a serem investigados.
Enquanto a mulher e a bebê recebem apoio, a polícia segue aprofundando as circunstâncias do caso, que expõe a violência silenciosa enfrentada por vítimas em situações de isolamento extremo.
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