Eric Dane anunciou, na última quinta-feira (10) que recebeu o diagnóstico de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). A notícia dada pelo ator conhecido por interpretar o médico Mark Sloan em “Grey’s Anatomy” despertou muitas dúvidas do público. Afinal, trata-se de uma doença rara.
A ELA é uma doença que afeta o sistema nervoso de maneira progressiva. Assim, compromete a capacidade motora, podendo causar paralisias graves. Além disso, esta doença ainda não tem cura.
Eric Dane tem 52 anos, um pouco abaixo da média de idade normalmente atingida pela Esclerose Lateral Amiotrófica. A faixa etária mais atingida vai dos 55 aos 75 anos. Por isso, a idade é considerada o principal fator de risco. Ainda assim, casos fora dessa média também ocorrem.
O que a ELA faz?
Com o tempo, a ELA provoca paralisia muscular irreversível. Falar, engolir, andar e até respirar se tornam tarefas impossíveis para quem convive com a condição. Embora os sintomas avancem em diferentes ritmos, a expectativa de vida costuma ser de três a cinco anos após a confirmação do diagnóstico.
Apesar disso, há exceções. O físico britânico Stephen Hawking, um dos casos mais emblemáticos, viveu 55 anos com a doença. De acordo com o Ministério da Saúde, aproximadamente um quarto dos pacientes sobrevive por mais de cinco anos.
O que significa Esclerose Lateral Amiotrófica?
O nome da doença vem de termos que indicam endurecimento da medula espinhal, perda de força e atrofia muscular. Ela está entre as principais doenças neurodegenerativas, ao lado do Alzheimer e do Parkinson.
Na prática, os neurônios que controlam os músculos deixam de funcionar. Como resultado, o corpo perde aos poucos a habilidade de realizar movimentos voluntários. O avanço pode ser lento, mas é constante e debilitante.
A causa da ELA ainda é um mistério em grande parte dos casos. No entanto, cerca de 10% dos diagnósticos têm origem genética. Outros fatores associados incluem desequilíbrios químicos no cérebro, falhas imunológicas e mau processamento de proteínas.
O que pode acontecer com o ator Eric Dane?
Os primeiros sinais costumam ser discretos. Perda de força muscular, dificuldade para andar, subir escadas ou segurar objetos são comuns. Com o tempo, surgem sintomas como engasgos, alterações na fala, cãibras, perda de peso e voz enfraquecida.
Para diagnosticar a ELA, médicos avaliam o histórico do paciente, realizam exames físicos e solicitam uma série de testes complementares. Entre eles estão ressonância magnética, exames de sangue, teste genético, punção lombar e eletromiografia.
Embora não exista cura, é possível realizar tratamentos que aliviam os sintomas e prolongam a qualidade de vida. Medicamentos, fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional costumam ser indicados de forma combinada.
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