Um caso chocante de violência movida pelo ciúme abalou a capital amazonense. Uma mulher de 34 anos, cuja identidade foi preservada, teve parte do dedo indicador da mão direita arrancado com uma mordida pelo próprio namorado, em um bar de Manaus, após uma discussão motivada por desconfianças infundadas do agressor. O homem, não satisfeito com a agressão, ainda cuspiu o pedaço do dedo no chão, em um ato de crueldade que chocou testemunhas.
De acordo com a investigação conduzida pela Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM), o casal estava em um estabelecimento com amigos quando o desentendimento começou. O agressor, tomado por ciúmes, acusou a companheira de trocar olhares com outros homens no local. Testemunhas relataram que ele se afastou da mesa, mas continuou a importunar a vítima com ligações e mensagens ofensivas, repletas de insultos e palavras de baixo calão.
Na tentativa de resolver o conflito, a mulher foi ao encontro do namorado, mas o que se seguiu foi uma escalada de violência. O homem puxou a roupa da vítima, expondo seus seios, aplicou um golpe de “mata-leão” e, em meio à luta dela para se libertar, mordeu seu dedo com tamanha força que arrancou uma parte, cuspindo-a no chão em seguida.
Os gritos de dor da mulher alertaram as pessoas no local, e o agressor fugiu rapidamente.
A vítima foi socorrida por amigos e levada a um hospital da região. Apesar dos esforços da equipe médica, que suturou o que restou do dedo, a reconstrução não foi possível, já que o pedaço arrancado não foi encontrado. A mulher formalizou a denúncia na DECCM, onde solicitou medidas protetivas de urgência contra o companheiro. A delegacia já pediu à Justiça a prisão preventiva do agressor, que segue foragido.
Força destrutiva
O ciúme, um sentimento perigoso que acomete tantas pessoas, mais uma vez se revela uma força destrutiva capaz de transformar relações em cenários de violência extrema. Esse caso em Manaus é um triste exemplo de como a insegurança e a possessividade podem levar a atos desumanos, deixando marcas físicas e emocionais irreparáveis. A vítima, agora, enfrenta não apenas a dor da mutilação, mas também o trauma de uma agressão que poderia ter sido evitada com diálogo e respeito.
“É alarmante ver até onde o ciúme pode levar. Essa mulher terá que conviver com as sequelas dessa violência para o resto da vida, enquanto o agressor, covardemente, foge das consequências. Precisamos falar mais sobre relacionamentos saudáveis e sobre como identificar sinais de comportamentos abusivos antes que cheguem a esse ponto”, comentou uma testemunha do ataque.
A DECCM segue com as investigações, e a expectativa é que a Justiça atue com rigor para garantir a segurança da vítima e a punição do responsável. Casos como esse reforçam a importância de combater a cultura da possessividade e de oferecer apoio às vítimas de violência doméstica, para que o ciúme não continue a ceifar vidas e sonhos.
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