O Paysandu amargou sua segunda derrota consecutiva na Série B do Brasileirão ao ser superado pelo Vila Nova por 1 a 0, na noite deste sábado, 12, em Goiânia. A partida, disputada no estádio do adversário, escancarou as fragilidades do time paraense, que apresentou um futebol apático, repleto de erros gritantes e sem qualquer inspiração ofensiva. O resultado deixa claro que o Papão está longe de encontrar seu melhor momento, enquanto a torcida cobra por mudanças urgentes.
O Vila Nova, jogando em casa, não encontrou dificuldades para dominar o jogo desde os primeiros minutos. Logo aos 11, a defesa do Paysandu falhou feio, entregando a bola nos pés de Gabriel Poveda. O atacante do Tigre limpou a marcação com facilidade e bateu colocado, no cantinho, sem dar chances ao goleiro Matheus Nogueira.
O gol precoce expôs a desorganização do time bicolor, que parecia perdido em campo, especialmente no meio de campo, onde os erros de passe e a falta de criatividade foram constantes.
Sem um ataque eficiente – a bola simplesmente não chegava aos homens de frente –, o Paysandu só conseguiu equilibrar minimamente a partida perto do fim do primeiro tempo. Aos 47 minutos, a melhor chance de empate surgiu quando Benítez arriscou um voleio após cruzamento na área, mas a bola explodiu na trave do goleiro Halls. Ainda assim, o Vila Nova foi para o intervalo com a vantagem no placar e a sensação de que poderia ter ampliado.
No segundo tempo, o Paysandu até tentou pressionar pelo empate, mas esbarrou na própria limitação técnica e na falta de preparo físico, visível na queda de rendimento de vários jogadores. Aos 23 minutos, Edílson Júnior, em uma rara jogada bem trabalhada, chutou forte da ponta direita e acertou a trave, levantando a esperança da torcida.
O Vila Nova respondeu aos 38, com João Vieira, ex-bicolor, quase ampliando em um chute que passou raspando a trave. Já aos 40, o Papão teve sua última chance clara: após uma cobrança de escanteio, Benítez pegou a sobra, mas finalizou fraco, facilitando a defesa.
E os “reforços”?
A derrota por 1 a 0 para o Vila Nova – um velho freguês do Paysandu – é mais um capítulo de uma campanha preocupante na Série B. A falta de garra, aliada à evidente deficiência física e técnica, tem colocado em xeque o desempenho de alguns “reforços” contratados a peso de ouro. Esses jogadores, que chegaram com a promessa de elevar o nível do elenco, ainda não justificaram os altos salários e acumulam atuações abaixo da crítica, frustrando a torcida bicolor.
“O Paysandu está em um momento crítico. O time não consegue se impor, erra demais e não tem poder de reação. A diretoria precisa rever urgentemente as escolhas feitas no mercado, porque os tais reforços ainda não mostraram a que vieram. A torcida, com razão, está perdendo a paciência”, postou um torcedor nas redes sociais
Os dois times voltam a campo no meio da semana pela terceira rodada da Série B. O Paysandu enfrenta a Chapecoense na quarta-feira (16), às 20h, no Mangueirão, em Belém, buscando uma reação. Já o Vila Nova encara o Goiás em um clássico estadual na quinta-feira (17), às 19h, no estádio da Serrinha.
Para o Papão, a partida contra a Chape é uma oportunidade de ouro para mostrar que ainda há esperança – mas, do jeito que o time vem jogando, a missão não será nada fácil.
RAIO X DA PARTIDA
Local – Estádio Serra Dourada
Renda – R$ 102.085,00
Público Pagante – 10.120
Público Presente – 10.120
Árbitro – Raphael Claus (SP)
Assistentes – Daniel Paulo Ziolli (SP) e Luiz Alberto Nogueira (SP)
Árbitro de Vídeo – Jose Rocha Filho (SP)
Vila Nova – Halls; Elias, Tiago Pagnussat (Walisson Maia), Bernardo Schappo e Higor; João Vieira, Jean Mota e Diego Torres (Dodô); Ruan Ribeiro (Gabriel Silva), Gabriel Poveda (Bruno Mendes) e Facundo Labandeira (Paulinho). Técnico: Rafael Lacerda.
Paysandu – Matheus Nogueira; Bryan Borges (Edílson Júnior), Quintana, Luan Freitas e Reverson (Delvalle); Ramón Martínez (Matheus Vargas), André Lima e Giovanni (Dudu Vieira); Marlon, Jorge Benítez e Benjamín Borasi (PK). Técnico: Luizinho Lopes.
MELHORES MOMENTOS E GOL:
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