A Polícia Civil de Roraima investiga um empresário de 27 anos, morador de Boa Vista, suspeito de vazar vídeos íntimos da ex-namorada. O caso resultou em uma operação policial que apreendeu celulares e diversos dispositivos de gravação e armazenamento.
A vítima afirma que o empresário passou a compartilhar seus vídeos íntimos com amigos após o término do relacionamento, ocorrido em agosto de 2024. Ela soube do caso através do irmão, que foi alertado por um amigo da existência dos conteúdos.
A jovem registrou um boletim de ocorrência na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam). Logo em seguida, a delegada solicitou autorização para a busca e apreensão, a fim de cessar a prática e averiguar o armazenamento.
Antecedentes criminais
Informações indicam que o suspeito tem antecedentes criminais por violência doméstica contra duas ex-namoradas. Em 2022, inclusive, ele chegou a ser preso por agredir uma ex-parceira.
Além disso, conforme a delegada Kamilla Basto, ele também já foi condenado por venda ilegal de armas de fogo.
Divulgar vídeos íntimos é crime? Conheça o revenge porn
A exposição de vídeos íntimos de outra pessoa, sem o seu consentimento, é crime no Brasil e pode levar à prisão.
Essa prática, conhecida popularmente como “vingança pornográfica” (revenge porn), é tipificada no Código Penal desde a promulgação da Lei nº 13.718/2018, que ampliou a proteção à dignidade sexual.
Conforme o Artigo 218-C do Código Penal, é crime divulgar, publicar, vender, trocar ou até mesmo compartilhar por mensagem privada qualquer conteúdo íntimo – como fotos ou vídeos de nudez ou atos sexuais – sem a autorização da pessoa envolvida.
*Com informações do G1
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