
Celular de Gisele Ribeiro Batista foi localizado em um esgoto próximo à Escola onde o crime aconteceu. Corpo da vítima foi encontrado em uma cova rasa no dia 8 de abril. vítima foi identificada como Gisele Ribeiro Batista, de 38 anos.
Rede Sociais/Reprodução
A Polícia Civil segue investigando o caso da morte de Gisele Ribeiro Batista, encontrada morta em uma cova rasa no dia 8 de abril em Santarém, no oeste do Pará. Segundo familiares, o suspeito crime chegou a fingir que estava procurando pela vítima, mesmo após ter cometido o feminicídio.
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A irmã e a filha de Gisele falaram com exclusividade ao g1 sobre o caso nesta segunda (14). Elas relataram que Raimundo Rafael Lopes de 60 anos, era amigo da família e que o suspeito e Gisele nunca foram vistos publicamente como um casal e sim como amigos.
A Polícia Civil pediu à Justiça sigilo sobre o caso. Raimundo Rafael Lopes confessou à imprensa e à polícia que matou Gisele. Ele teve a prisão preventiva decretada e continua preso na Penitenciária de Santarém.
Nesta reportagem você vai ver:
Relação entre a família e o suspeito
Último contato de Gisele com familiares
“Ajuda” de suspeito a localizar vítima desaparecida
Buscas na escola
Celular localizado em esgoto
O que diz o laudo
Relação entre a família e o suspeito
Raimundo Rafael confessou ter matado Gisele
Redes Sociais
Ao g1, a irmã de Gisele Ribeiro Batista, Greice Kely Ribeiro contou que o suspeito Raimundo Rafael Lopes era amigo da família há menos de 2 anos.
Greice Kelly contou que Raimundo – conhecido pela família como “Seu Rai” – foi apresentado à família por Gisele e apesar de nunca demonstrarem oficialmente qualquer tipo de relacionamento, a família só passou a suspeitar de algum envolvimento entre Gisele e Seu Raí quando o suspeito se mudou para outro endereço, mas continuou indo à casa de Greice com o intuito de obter informações sobre Gisele.
“Seu Raí” até então demonstrava ser uma boa pessoa e ajudava Greice Kelly com afazeres da casa ou pequenos serviços, quando era solicitado. Ele frequentava as festas de aniversários da família e sempre cumprimentava e era visto com Gisele apenas como amigo. Os familiares relataram nunca ter visto nenhum tipo de envolvimento afetivo entre os dois como beijos, carícias ou abraços.
“Jamais a gente imaginou que ele fosse fazer isso com a minha irmã. Ele era amigo da família, participava das nossas confraternizações”, contou Greice.
Último contato de Gisele com familiares
Greice Kely Ribeiro contou que esteve com a irmã – Gisele – no domingo, dia 6 de abril, última vez que ela foi vista com vida.
Gisele pediu para a irmã deixa-la próximo à Escola Brigadeiro Eduardo Gomes, mas não informou pra onde iria. Greice Kely contou que não tinha o hábito de perguntar sobre a vida pessoal da irmã, por isso, não indagou para onde ia e com quem ela se encontraria.
Greice imaginou que Gisele poderia estar indo ao encontro de alguma amiga, para juntas irem a uma casa de shows no bairro Aeroporto Velho. Depois disso, Greice não teve mais nenhum contato com Gisele.
“Ajuda” de suspeito para localizar vítima desaparecida
Gisele morava no bairro Santana, junto com a filha de 20 anos e tinha um ateliê, onde trabalhava como costureira. Estranhando que a mãe não retornou para casa, a filha de Gisele comunicou os familiares sobre o desaparecimento.
Familiares começaram a procurar por Gisele e como ela foi deixada próximo à Escola Brigadeiro Eduardo Gomes, pediram ajuda ao “Seu Raí” para ir em busca de imagens de câmeras de segurança que pudessem indicar o rumo que Gisele tomou ao ser deixada no perímetro pela irmã.
Demonstrando estar preocupado com a situação, Raimundo Rafael Lopes, contou aos familiares que encontrou Gisele por volta das 19h na escola, mas que ela não demorou e logo saiu do local.
Raimundo Rafael Lopes foi a comércios nas proximidades e perguntou por imagens de câmeras de segurança e “fingiu” procurar por Gisele nas redondezas. Um dos pontos que Raimundo esteve foi um ponto de venda de açaí. (veja o vídeo abaixo).
Após matar Gisele, suspeito ainda fingiu estar procurando por ela em Santarém
Buscas na escola
Greice Kelly contou que as buscas por Gisele foram iniciadas pela Polícia Civil e Polícia Militar, através do serviço de inteligência. Os policiais, incluindo Greice Kelly que é policial militar, foram até a escola e perceberam que no local haviam câmeras de segurança.
No entanto, a direção do educandário informou que a câmera do local não estava funcionando. Greice Kelly foi em busca de solucionar o problema em um dos monitores e em uma das imagens Gisele é vista entrando na escola, mas não é vista saindo.
Com isso, na terça (8), os policiais concentraram as buscas por Gisele dentro da escola. O corpo dela foi encontrado no terreno anexo à escola, em uma cova rasa.
Celular localizado em esgoto;
Celular de Gisele foi encontrado em um esgoto
Arquivo Pessoal
Na quarta (9) o celular de Gisele foi localizado em um esgoto próximo à venda de Açaí, onde Raimundo já tinha ido em busca de câmeras de segurança.
A família acredita que ele foi até o local em busca dessas imagens, para ver se as câmeras tinham registrado o momento em que ele mesmo jogou o celular no esgoto.
Greice Kelly levou o aparelho até uma assistência técnica e conseguiu ligá-lo. O aparelho foi entregue à polícia e deverá passar por perícia.
A localização do celular é um ponto importante para as investigações, já que será possível ver pelas mensagens e transações bancárias se Gisele realmente tinha um relacionamento com o suspeito, se havia pedidos de dinheiro, como o suspeito disse à imprensa.
O que diz o laudo
A família teve acesso ao laudo necroscópico de Gisele. Diferente das diversas versões apresentadas pelo suspeito de que teria matado Gisele enforcada e afogada com álcool, o laudo aponta apenas ferimento por arma de fogo que resultou em hemorragia e morte da vítima.
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