A partir desta segunda-feira (14) o tribunal americano será palco de um embate crucial entre a Comissão Federal de Comércio (FTC) e a Meta, empresa controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp. No centro da disputa, a acusação da FTC de que as aquisições do Instagram e WhatsApp, ambas aprovadas há mais de uma década, violaram as leis antitruste americanas.
A Meta, por sua vez, contesta as alegações, argumentando que a FTC ignora a realidade do mercado e apresenta um caso fraco e desconectado da concorrência atual.
Futuro do WhatsApp e Instagram em jogo
- O processo, que começou no governo Trump e continua na gestão Biden, busca reverter as compras, argumentando que eliminaram a concorrência.
- Jennifer Newstead, diretora jurídica da Meta, critica a ação da FTC, classificando-a como “absurda” e um “desperdício de dinheiro dos contribuintes”.
- Segundo Newstead, a FTC tenta redefinir o mercado de redes sociais, limitando-o a concorrentes como Snapchat e MeWe, ignorando a presença dominante de plataformas como TikTok, YouTube e X (antigo Twitter).
- A executiva argumenta que, ao considerar o cenário real da concorrência, a participação de mercado da Meta seria inferior a 30%.
- A defesa da Meta se baseia no argumento de que as aquisições do Instagram e WhatsApp foram benéficas para os consumidores, impulsionando a inovação e o desenvolvimento de novas funcionalidades.
- A empresa destaca os bilhões de dólares investidos e milhões de horas de trabalho dedicadas a transformar os aplicativos em plataformas robustas e seguras.

“Transformamos o Instagram de um pequeno aplicativo com futuro incerto em um espaço vibrante para mais de dois bilhões de usuários”, afirma Newstead. “E transformamos o WhatsApp em um serviço de mensagens criptografado e confiável, usado por bilhões de pessoas em todo o mundo”.
Meta acusa FTC de favorecer TikTok
A Meta também critica a postura da FTC em relação ao TikTok, aplicativo de propriedade chinesa que enfrenta questionamentos sobre segurança e privacidade. “É absurdo que a FTC esteja tentando desmembrar uma grande empresa americana, enquanto o governo busca salvar o TikTok”, dispara Newstead.
A empresa argumenta que a ação da FTC envia uma mensagem negativa para o mercado, sinalizando que nenhum acordo de aquisição é realmente definitivo. “Isso fará com que as empresas pensem duas vezes antes de investir em inovação, com medo de serem punidas pelo sucesso”, alerta Newstead.
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O julgamento promete ser longo e complexo, com implicações importantes para o futuro das redes sociais e para o papel do governo na regulamentação do setor de tecnologia.
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