
O deputado estadual e presidente da CPI da Grilagem de Terras Jorge Everton, declarou, em entrevista a TV Norte Roraima, que a investigação chegou em “um ponto crucial”.
A declaração aconteceu durante uma reunião na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR).
Segundo o parlamentar, a CPI encontrou erros graves ligados à posse e à distribuição de terras, e que isso está travando o desenvolvimento do estado.
“A CPI entendeu que chegamos num ponto crucial, um ponto onde coloca em risco o desenvolvimento do Estado de Roraima e que medidas precisam ser tomadas emergencialmente e a quatro mãos”, afirma o deputado.
‘Não é só um problema do Legislativo’
O deputado defende que o Executivo estadual, a Defensoria Pública, o Ministério Público, a Procuradoria-Geral do Estado, o Tribunal de Contas e o Tribunal de Justiça também precisam assumir suas responsabilidades.
“São erros graves que precisam ser corrigidos. Não estamos falando apenas em punição, mas em corrigir injustiças e garantir o desenvolvimento da agricultura familiar”, completou.
Reunião com o Iteraima e novo assentamento
O deputado afirmou ainda que será apresentado um relatório ao novo presidente do Iteraima, com todos os erros detectados até o momento.
A proposta é realizar uma reunião com ele já na próxima semana, cobrando medidas imediatas.
Além disso, Everton destacou que todos os órgãos envolvidos têm ciência de sua responsabilidade.
Indícios de favorecimento envolvendo o governador
Questionado sobre a participação do governador Antônio Denarium no esquema, o deputado foi direto. Inclusive, Everton declarou anteriormente possuir provas do envolvimento do governador.
“Para mim, o governador vai ter que explicar por que familiares e amigos foram favorecidos. Isso será apurado ao longo da CPI, junto com o que já investigamos, mas ainda há muita coisa para verificar. São centenas de páginas que precisamos analisar com calma e cautela. Há laudos que precisam de perícia, ações a serem avaliadas”, afirmou.
CPI da Grilagem busca solução em Roraima
Apesar da gravidade das denúncias, Jorge Everton reforçou que o foco principal da CPI é encontrar soluções.
“Não queremos apenas punir. Queremos entregar títulos a quem tem direito e retirar quem ocupa terra pública de forma ilegal”, explicou.
Ele lembrou que a CPI tem prazo de apenas 45 dias e ainda há muito material a ser analisado, incluindo centenas de páginas de documentos e laudos que exigem perícia.
“A punição é papel do Judiciário. Nosso papel é apresentar soluções concretas para o problema da grilagem em Roraima”, finalizou.
The post ‘Chegamos a um ponto crucial’; CPI da Grilagem revela suspeitas contra Denarium em Roraima appeared first on Portal Norte.