Um levantamento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) mostrou que no mundo em que a tecnologia avança cada vez mais, pessoas se aproveitam para enganar a população e aplicar mais golpes.
A listagem foi realizada com base nos relatos de clientes aos bancos associados em 2024. Conforme o diretor-adjunto de Serviços da Febraban, Walter Faria, campanhas de conscientização e esclarecimentos à população estão sendo realizadas frequentemente para tentar mitigar o avanço desses golpes.
“O levantamento feito com base nas notificações realizadas pelos clientes aos seus bancos, mostrou que em 2024 o golpe do Whatsapp foi o mais relatado. Uma medida simples para evitar que o aplicativo seja clonado, é habilitar a opção ‘verificação em duas etapas’”, explica Walter.
Foram relatados cerca de 153 mil casos de golpes de WhatsApp em 2024. Em segundo lugar, ficou o da falsa venda, com 150 mil casos. O ranking segue com o golpe da falsa central de atendimento, com 105 mil notificações.
Golpes mais relatados e como se prevenir:
- WhatsApp:
Um mecanismo para evitar que sua conta seja clonada é habilitar, no próprio aplicativo, a opção “Verificação em duas etapas”. Desta forma, você cadastra uma senha que será solicitada periodicamente pelo aplicativo. Nunca envie essa senha para outras pessoas ou a digite em links recebidos.
- Falsa venda:
Para evitar o golpe da falsa venda, é necessário tomar cuidado com links de sites de vendas on-line. Desconfie de sites com redes sociais recém-criadas ou com preços muito diferentes do usual. Lojas com poucas opções de pagamento também são um alerta.
- Falsa central telefônica/falso funcionário:
Hoje em dia, qualquer pessoa é vítima de ligações incessantes de centrais de telemarketing de bancos ou empresas. Nesses casos, os clientes devem tomar cuidado ao repassar dados sensíveis, como senhas e chaves de segurança, além dos dados pessoais. Bancos podem entrar em contato com clientes para relatar transações suspeitas, mas não solicitam esse tipo de informações.
- Phishing (pescaria digital):
Para se prevenir desse tipo de golpe, é preciso tomar cuidado com os links recebidos por mensagens e e-mails. É importante ter mecanismos de defesa, como antivírus.
- Falso investimento:
Um exemplo para o ditado popular “quando a esmola é demais, o santo desconfia”. Não confie em ofertas de investimentos com retornos além do que o mercado costuma praticar. Caso tenha contato com alguma empresa do ramo, verifique informações sobre histórico e autorização para atuar no mercado. Consultores insistentes e contatos por redes sociais também são sinais de atenção.
- Troca de cartão:
Esse golpe é realizado quando o cidadão entrega seu cartão ao vendedor na hora de pagar por alguma compra. Para evitar ser uma vítima, confirme o valor que está sendo pago e não entregue o seu cartão nas mãos de outra pessoa.
- Falso boleto:
Golpistas costumam emitir falsos boletos para pagamentos diversos. Não realize o pagamento se o boleto não estiver com os dados corretos da empresa que receberá o valor. Confira todas as informações e, se estiver com alguma dúvida, acione o Serviço de Atendimento ao Cidadão da empresa.
- Devolução do empréstimo:
Se você receber alguma ligação ou mensagem pedindo a devolução de algum valor referente a empréstimo, desconfie. Faça contato direto com o banco por meio dos canais oficiais e confirme a informação. Nunca transfira dinheiro para contas de pessoas ou empresas desconhecidas.
- Mão fantasma:
Nunca instale em seu celular aplicativos que não estejam nas lojas oficiais (App Store ou Google Play Store). Se receber algum contato com links enviados por supostos funcionários de bancos para baixar algum aplicativo, desconfie na hora. O aplicativo pode clonar seu celular e dar aos golpistas acesso a todas as suas informações.
- Falso motoboy:
Neste golpe, o motoboy vai à casa do cliente para recolher um cartão de crédito que estaria bloqueado. Essa prática não é realizada por nenhum banco, nunca entregue seu cartão e senha para ninguém. Se houver dúvida, confirme as informações com seu banco.
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