Na noite desta quarta-feira, 16 de abril, o Paysandu sofreu sua terceira derrota consecutiva nos primeiros 3 jogos da Série B – duas delas dentro de casa -, em mais um capítulo de um início desastroso na competição. O revés por 2 a 0 contra a Chapecoense (SC), expõe um time que decepciona sua fanática torcida, gerando frustração e revolta. O time está na lanterna, a temida zona do rebaixamento.
O sentimento dos torcedores reflete o que se viu em campo: uma defesa repleta de falhas e buracos, um meio-campo que parece um deserto de ideias e jogadores, e um ataque tão inoperante que, pela falta de pontaria, seria capaz de arrancar risos — se o cenário não fosse tão trágico.
O desempenho pífio do Papão tem um culpado evidente para a torcida: a falta de um esquema tático consistente sob o comando do técnico Luizinho Lopes, cujo cargo começa a balançar perigosamente. A estratégia do clube para a temporada, que incluiu a contratação de sete jogadores estrangeiros e um elenco inchado de atletas sem qualidade técnica, também está na mira das críticas.
Longe de honrar a tradição do Paysandu, o time joga para trás e para os lados, sem alma ou inspiração, como se o peso da camisa bicolor fosse irrelevante. A ausência de jogadores locais, que poderiam trazer identificação com o clube, só amplifica o descontentamento.
A revolta da torcida transborda nas redes sociais, onde o desabafo de um torcedor resume o sentimento geral: “O Paysandu tem torcida de primeira e time de quarta divisão, apesar dos altos salários”. O contraste entre a paixão dos bicolores e o desempenho medíocre em campo é gritante, e a paciência da nação alviceleste está se esgotando.
Com a Série B apenas começando, a pressão por mudanças — no elenco, na comissão técnica e na postura do time — cresce a cada novo vexame. Resta saber se o Papão conseguirá se reerguer ou se afundará ainda mais em uma crise que já ameaça engolir a temporada.
Vergonha em campo
O placar reflete apenas parte do desastre visto em campo — um futebol apático, desorganizado e incapaz de reagir, que transformou o estádio em um palco de revolta e humilhação. Mais do que os três pontos, o Paysandu perdeu algo ainda mais valioso: a confiança e o apoio de sua fanática torcida. O time enganou nos primeiros dez minutos. Dominou o adversário, encurralou e perdeu gols.
Depois, sumiu. Aos 25, a Chape trabalhou a bola na intermediária bicolor, ela chega em Maílton, livre para mandar um balaço, cruzado, e o goleiro Matheus Nogueira aceitou. A bola foi por debaixo do corpo do arqueiro. Um frango. Foi o gol que abriu o placar. Chape 1 a 0. Mais um gol que escancara a fragilidade defensiva do Paysandu.
O Papão claramente sentiu o gol. Aos 35, depois de uma cobrança de escanteio na área, Matheus Nogueira afastou a redonda, para a frente, como sempre faz, mas ela voltou para área e chegou em João Paulo, que em mais uma falha da defesa e do goleiro, empurrou a bola para o fundo gol. O Papão estava perdido em campo. 2 a 0.
Fim do primeiro tempo, o time deixou o campo rumo aos vestiários sob uma chuva de vaias. Merecidas. Quem paga ingresso tem esse direito.
O segundo tempo bicolor foi ainda muito pior do que o primeiro. O que se viu foi um Paysandu morto, batendo cabeça e errando passes de meio metro. Antes mesmo do apito final, as arquibancadas viraram um caldeirão de revolta. Cada toque na bola de um jogador do Paysandu era recebido com vaias ensurdecedoras, enquanto os passes da Chapecoense eram celebrados com gritos irônicos de “olé”.
A cena, humilhante, revelou o tamanho do divórcio entre o time e seus torcedores.
RAIO X DA PARTIDA
Local: Mangueirão
Paysandu: Matheus Nogueira, Edílson, Quintana (Eliel), Luan, P; Martinez, Matheus Vargas, André Lima (Dudu Vieira), Marlon (Borasi), Rossi (Benitez) e Nicolas. Técnico: luizinho Lopes
Chapecoense: Léo, Caetano, B. Leonardo, João Paulo (Eduardo), Bruno Matias; Person, Maílton, Walte;, Carvalheira, Italo e Mário Sergio. Técnico: Gilmar Del Pozzo.
Arbitragem
- Árbitro: Wagner do Nascimento Magalhaes (RJ)
- Assistente 1: Leila Naiara Moreira da Cruz (DF)
- Assistente 2: Daniel de Oliveira Alves Pereira (RJ)
- Quarto Arbitro: Dewson Fernando Freitas da Silva (PA)
- Quality manager: Fernando Jose de Castro Rodrigues (PA)
- VAR: Marcio Henrique de Gois (SP)
- AVAR: Vitor Carmona Metestaine (SP)
MELHORES MOMENTOS E GOLS
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