
Campanha reforça a importância dos cuidados com doenças como diabetes, acidentes de trânsito e picadas de animais peçonhentos, principais causas das amputações. Equipe médica do HMS durante procedimento na sala de cirurgia: atuação conjunta e especializada para salvar vidas e reduzir complicações
Divulgação
Entre 1º de janeiro e 8 de abril deste ano, o Hospital Municipal Dr. Alberto Tolentino Sotelo (HMS), em Santarém, oeste do Pará, realizou 51 cirurgias de amputação. O número, embora levemente menor que o registrado no mesmo período de 2024 (55), chama a atenção durante a campanha nacional Abril Laranja, que alerta para a importância da prevenção de traumas e amputações.
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A maior parte dos procedimentos foi realizada pela equipe de cirurgia vascular, com 40 amputações. A ortopedia respondeu por 11 cirurgias, número igual ao do ano passado.
Segundo o ortopedista e traumatologista Dr. Luiz Saraiva, muitos casos poderiam ser evitados com cuidados simples. “Pacientes com diabetes devem ficar atentos a feridas nos pés. Uma lesão pequena pode evoluir para infecção e necrose se não for tratada”, alerta.
Além das causas clínicas, o hospital também atende vítimas de acidentes de trânsito, principalmente motociclistas. “A imprudência no trânsito tem impacto direto. Fraturas expostas e lesões graves podem acabar em amputações”, explica o médico.
Acidentes com animais peçonhentos, como cobras e aranhas, também são causas de amputações. O uso de equipamentos de proteção ao trabalhar em áreas de risco é essencial. “É importante procurar atendimento médico imediato nesses casos”, reforça o especialista.
As amputações impactam o funcionamento do HMS, já que exigem internações prolongadas e ocupam leitos por mais tempo, gerando sobrecarga na unidade. O tratamento também envolve equipe multiprofissional com fisioterapia, psicologia, enfermagem e serviço social, garantindo apoio físico e emocional aos pacientes.
A campanha Abril Laranja, promovida pela Associação Brasileira de Ortopedia Técnica (Abotec), reforça que a informação e a prevenção ainda são as melhores formas de evitar amputações.
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