Um novo golpe bancário está preocupando especialistas em cibersegurança. Criminosos estão usando jogos de celular com promessas de prêmios para espalhar um vírus capaz de invadir aplicativos bancários e realizar transferências via Pix sem o conhecimento do usuário.
O alerta vem da equipe da Kaspersky no Brasil. Segundo os especialistas, o golpe representa uma evolução da chamada “Mão Fantasma” e se aproveita da permissão de acessibilidade dos celulares com sistema Android para agir de forma totalmente automatizada.
Ao instalar o aplicativo malicioso — que não está disponível nas lojas oficiais — o usuário acaba autorizando o acesso do vírus à função de acessibilidade, uma ferramenta originalmente pensada para pessoas com deficiência. A partir desse ponto, o trojan bancário tem liberdade para operar.
Mesmo que o aparelho esteja com biometria ou reconhecimento facial ativados, o golpe é executado. O vírus aguarda o momento em que a vítima acessa o app do banco e tenta fazer um Pix. Na etapa “processando transferência”, a tela é bloqueada, o valor e o destinatário são alterados rapidamente, e o golpe é concluído antes que o usuário perceba.
Com o malware ATS, o criminoso não precisa mais executar o golpe manualmente. Ele pode se concentrar apenas em atrair novas vítimas enquanto o vírus trabalha sozinho.
Como se proteger do vírus que rouba Pix
Para não cair nesse tipo de golpe, os especialistas da Kaspersky recomendam cuidados simples, mas essenciais:
1. Baixe aplicativos apenas de lojas oficiais
A chance de instalar um app malicioso é muito menor nas plataformas oficiais, que têm sistemas de verificação e removem conteúdos suspeitos.
2. Não autorize a permissão de acessibilidade
Trojan bancário precisa dessa permissão para funcionar. Se um app pedir esse tipo de autorização sem um motivo claro, desconfie imediatamente.
3. Ative a autenticação de dois fatores (2FA)
Reforce a segurança das contas que envolvem movimentações financeiras com um segundo fator de autenticação.
4. Use uma solução de segurança no celular
Antivírus e ferramentas de proteção podem impedir o acesso a sites falsos e bloquear a instalação de malwares antes que eles causem danos.
A recomendação é tratar o celular com o mesmo nível de proteção usado em computadores e notebooks. A prevenção ainda é a melhor forma de evitar prejuízos com fraudes via Pix.
*Com informações da CNN.
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