
Você já se perguntou por que algumas pessoas parecem encontrar felicidade mesmo em meio às dificuldades? A resposta pode estar em um conceito que vai além da simples busca por prazeres individuais. Arthur C. Brooks, professor da Universidade Harvard e especialista em felicidade, revela que o segredo do bem-estar emocional está em um equilíbrio muitas vezes ignorado: a arte de doar e, ao mesmo tempo, saber aceitar.
Com uma trajetória acadêmica sólida, Brooks não fica preso apenas às teorias. Ele une pesquisas científicas a exemplos práticos, mostrando como a generosidade pode ser uma ferramenta poderosa para transformar não só a vida dos outros, mas também a nossa. Autor de best-sellers e colunista em veículos como The Atlantic, ele se dedica a traduzir dados complexos em conselhos acessíveis, ajudando pessoas comuns a aplicarem estratégias comprovadas em seu dia a dia.
Um dos pontos centrais de seu trabalho é a ideia de que ajudar os outros ativa mecanismos biológicos que aliviam o sofrimento emocional. Quando praticamos um ato generoso — seja doar tempo, recursos ou simples atenção —, o cérebro libera endorfinas, substâncias associadas à sensação de prazer e redução da dor. Pesquisas publicadas em revistas como Nature confirmam que esses gestos diminuem os níveis de cortisol, hormônio ligado ao estresse, e aumentam a sensação de satisfação pessoal.
Mas Brooks vai além: ele defende que o altruísmo não deve ser unilateral. Receber ajuda também é fundamental. Imagine uma roda que gira apenas em um sentido — com o tempo, ela perde força. Da mesma forma, relações baseadas apenas em dar ou apenas em receber se tornam desequilibradas. Ao permitirmos que outros nos auxiliem, criamos conexões mais autênticas. Pequenos gestos, como aceitar um conselho ou permitir que um amigo prepare um jantar para você, fortalecem laços e promovem um ciclo contínuo de apoio mútuo.

Arthur C. Brooks, de Harvard, destaca o altruísmo como a chave para o bem-estar emocional
Como colocar isso em prática? Brooks sugere começar com ações simples. Oferecer um café a um colega de trabalho, ouvir alguém sem julgamento ou dedicar algumas horas a um projeto voluntário são exemplos que ativam o chamado “circuito de recompensa” do cérebro. Esse mecanismo, associado a sentimentos de realização, explica por quem pratica o bem tende a repetir esses comportamentos, criando um hábito positivo.
Outro aspecto surpreendente é o impacto dessas interações na saúde mental. Estudos indicam que pessoas que se envolvem em atividades altruístas têm menor probabilidade de desenvolver sintomas de depressão e ansiedade. A explicação está no senso de propósito gerado ao contribuir para algo maior que si mesmo. Ao mesmo tempo, aprender a receber sem culpa ou vergonha permite que outros sintam a satisfação de ajudar, fortalecendo redes de apoio comunitário.
Brooks também desafia a noção de que a felicidade é uma conquista solitária. Em vez de buscar apenas metas individuais, ele propõe que cultiveemos ambientes onde a generosidade seja recíproca. Empresas que incentivam colaboração, famílias que valorizam a gratidão e amigos que celebram pequenas vitórias uns dos outros são exemplos de como esse equilíbrio pode criar comunidades mais resilientes.
A próxima vez que você se sentir sobrecarregado pelo estresse ou pela tristeza, experimente mudar o foco: em vez de esperar uma solução externa, pergunte-se como pode apoiar alguém ao seu redor. E não subestime o poder de também abrir espaço para receber gestos de carinho. Essa dualidade, segundo Brooks, é o caminho para uma vida não apenas mais feliz, mas profundamente conectada com os outros.
Esse Um cientista de Harvard revelou qual é uma forma eficaz de aliviar a dor emocional foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.