No dia 14 de janeiro, Lily McGarry, uma estudante de medicina de 23 anos da Universidade de Cardiff, foi levada às pressas para o hospital com sintomas que pareciam de gripe. O que começou como um mal-estar comum rapidamente se transformou em uma batalha pela vida. Em poucos dias, Lily entrou em coma e, após duas semanas, acordou com uma notícia que mudaria seu futuro: todos os seus quatro membros precisariam ser amputados devido a complicações de uma infecção bacteriana grave.
A jovem, descrita por familiares e amigos como “ativa, positiva e cheia de energia”, foi diagnosticada com septicemia meningocócica, uma condição rara e agressiva causada por uma bactéria que pode bloquear o fluxo sanguíneo, provocando falência de órgãos e danos irreversíveis. Durante a internação, Lily sofreu dois paradas cardíacas e entrou em choque séptico, um estágio crítico em que o corpo não consegue combater a infecção. Apesar dos esforços médicos, a falta de circulação adequada nos braços e pernas levou à necessidade de amputações acima dos joelhos e abaixo dos cotovelos.
Lily McGarry é descrita como “gentil, atenciosa, ativa e positiva” (GoFundMe)
Antes do diagnóstico, Lily levava uma vida repleta de atividades físicas. Nadadora, corredora e surfista, ela encontrava nos esportes não apenas um hobby, mas uma fonte de bem-estar. Agora, sua família busca recursos para garantir que ela possa recuperar parte dessa independência. Por meio de uma campanha no GoFundMe, mais de 5.000 pessoas já doaram o equivalente a mais de 215 mil libras (cerca de R$ 1,3 milhão) para custear próteses de alta tecnologia, adaptações em sua casa e sessões de fisioterapia.
As próteses motorizadas são essenciais para que Lily retome movimentos básicos e, eventualmente, volte a praticar esportes. O custo, porém, é alto: apenas uma perna robótica ultrapassa 100 mil libras (aproximadamente R$ 770 mil). Além disso, a família planeja reformar o ambiente onde ela vive, instalando rampas, corrimãos e outros recursos de acessibilidade. O valor arrecadado também cobrirá tratamentos de reabilitação, fundamentais para sua adaptação física e emocional.
Eles esperam arrecadar o suficiente para próteses. (GoFundMe)
Em atualizações recentes, os organizadores da campanha destacaram que eventuais recursos não utilizados serão destinados à Limb Power, uma instituição que apoia amputados por meio de programas esportivos e culturais. O objetivo agora é alcançar 250 mil libras (cerca de R$ 1,9 milhão), valor que permitirá ampliar o suporte a Lily a longo prazo.
Apesar das circunstâncias, a determinação da jovem impressiona. “Sua força continua intacta”, relatam os familiares. Mesmo diante de um prognóstico incerto — já que a infecção também causou lesões no cérebro, baço e fígado —, Lily mantém o foco em reconstruir a rotina. Seus amigos reforçam que ela sempre foi uma pessoa resiliente, e essa característica agora se tornou sua maior aliada.
Casos como o de Lily destacam a importância do diagnóstico precoce de infecções bacterianas. A septicemia meningocócica, embora rara, pode progredir em questão de horas. Sintomas como febre alta, manchas na pele, confusão mental e dificuldade para respirar exigem atenção imediata. No Brasil, a vacina contra a meningite tipo C, incluída no calendário nacional, é uma das formas de prevenção.
Para acompanhar a jornada de Lily ou contribuir com a campanha, basta acessar a página da vaquinha virtual. Cada doação, por menor que seja, ajuda a escrever um novo capítulo nesta história de superação.
Esse Estudante que pensou estar com gripe acordou e soube que precisaria amputar todos os quatro membros foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.
