
São quase 14 mil mortes no estado de São Paulo no 1º trimestre de 2025. Contaminação pode ser pelo ar, por meio de secreções ou contato com objetos contaminados. Estado de SP registra quase 14 mil mortes por pneumonia no 1º trimestre de 2025
Em cinco anos, as mortes por pneumonia cresceram no Estado de São Paulo, de acordo com o Portal da Transparência, do Governo Federal.
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Em 2020, 137 mil pessoas morreram em decorrência da doença. Em 2024, foram 213 mil mortes, aumento de 13,5%. (veja abaixo)
2020: 137 mil mortes
2021: 139 mil mortes
2022: 181 mil mortes
2023: 187 mil mortes
2024: 213 mil mortes
Só nos três primeiros meses deste ano, a doença já matou quase 14 mil pessoas. Os casos estão cada vez mais graves, segundo o médico pneumologista Luis Renato Alves, de Ribeirão Preto (SP).
“A pneumonia, hoje, é uma das principais causas de morte no mundo e está muito associada, por exemplo, a uma evolução rápida da doença e também um diagnóstico tardio. Muitas vezes, se a pessoa demora muito pra ser atendida, pra ser socorrida por conta de um quadro de pneumonia, pode evoluir para uma gravidade do quadro e aí essa gravidade ser irreversível a ponto de levar ao óbito”.
Casos de pneumonia estão mais graves
Luciano Tolentino/EPTV
Diferentemente do que muita gente acredita, a pessoa não precisa ter resfriado ou gripe para desenvolver a pneumonia.
“Muitas vezes, o quadro já pode começar com uma pneumonia direto. É comum também esta associação de infecção viral inicial seguida de uma pneumonia, seja ela viral ou bacteriana. Muitas vezes, você confunde com um quadro viral, uma gripe”, explica Alves.
O ponto, diz ele, é ficar atento aos sintomas. Na pneumonia, falta de ar, tosse excessiva, febre persistente e dor pra respirar são os principais alertas que podem indicar o diagnóstico.
Nos casos mais graves, o paciente é internado e ainda pode precisar de respiradores e ir parar em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
“Quando acomete mais de uma área do pulmão ou, por exemplo, o paciente evolui com sintomas graves, como falta de ar, queda na saturação de oxigênio, ou pacientes que tem alguma comorbidade mais grave que um risco de desenvolvimento de uma forma mais grave de pneumonia, a gente tem de fazer internação e tratar sob internação”.
Transmissão pelo ar e por objetos contaminados
Ainda segundo o médico, a pneumonia pode ser transmitida pelo ar, por meio de secreções, saliva ou contato com objetos contaminados.
O número de casos aumenta no período do inverno e especialistas alertam que a doença não é algo simples e precisa de muita atenção e cuidado.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, a imunização contra a gripe e contra a pneumonia pneumocócica é uma das melhores formas de prevenção, porque reduz a incidência de formas graves da doença, a intensidade dos sintomas, a necessidade de hospitalização e a taxa de mortalidade.
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