
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, respondeu nesta sexta-feira (19) a críticas feitas pela revista britânica The Economist.
O texto da revista questionava a atuação da Corte brasileira. o presidente do STF rebateu ponto a ponto da The Economist e afirmou: o Brasil vive uma democracia plena, com instituições funcionando, apesar das ameaças recentes.
Democracia sob ataque
A nota lembra que o país enfrentou situações graves: invasão das sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro, acampamentos pedindo golpe, tentativa de atentado com bomba no aeroporto de Brasília e até plano de assassinato de autoridades, como o presidente da República e ministros do Supremo.
“Os responsáveis estão sendo processados criminalmente, com o devido processo legal, como reconhece a matéria”.
Eduardo Barroso, presidente do STF.

Confiança da população
Barroso citou pesquisa Datafolha para mostrar que a maioria da população confia no STF. Segundo ele, não há crise de confiança. Ao todo, 59% dos entrevistados disseram confiar no tribunal — somando os que confiam muito ou um pouco.
Decisões legais e justificadas
O presidente do Supremo também explicou que decisões monocráticas são ratificadas depois pelos demais ministros. E afirmou: o X (ex-Twitter) só foi suspenso porque não tinha representante legal no Brasil, o que já foi resolvido.
“Todas as decisões de remoção de conteúdo foram devidamente motivadas e envolviam crime, instigação à prática de crime ou preparação de golpe de Estado”.
Eduardo Barroso, presidente do STF.

‘Foram os eleitores que derrotaram Bolsonaro’
Barroso negou que o Supremo tenha interferido no resultado da eleição de 2022. Segundo ele, a fala de que a Corte teria “derrotado Bolsonaro” é falsa: “Foram os eleitores”.
Regras valem para todos
A regra atual do Supremo determina que ações contra altas autoridades sejam julgadas por uma das turmas da Corte, e não pelo plenário. Para Barroso, mudar essa regra seria exceção — e não o contrário.

Ele também alertou: “se críticas de réus pudessem afastar juízes, qualquer criminoso poderia escapar da Justiça”.
Apoio a Alexandre de Moraes
Por fim, o presidente do STF defendeu a atuação de Moraes. Disse que ele cumpre seu papel com coragem e respaldo da instituição. “Não há decisões pessoais”, reforçou.
O recado
Segundo Barroso, a reportagem da Economist ecoa mais a narrativa de quem tentou dar um golpe do que o que realmente acontece no país. Para ele, o Brasil segue com liberdade, respeito à Constituição e equilíbrio entre os Poderes.
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