Com a morte do Papa Francisco, a Igreja entra em um período de sede vacante, uma época em que não há pontífice liderando a Santa Sé. A pausa precede o conclave, que é quando cardeais se encontram em Roma para decidir quem será o novo Papa.
Segundo a constituição apostólica Universi Dominici Gregis, lançada por João Paulo II em 1996, só cardeais com menos de 80 anos podem votar no conclave.
Esses cardeais se encontram na Capela Sistina, totalmente isolados, conduzindo votações secretas até elegerem o novo papa com dois terços dos votos.
A decisão acontece através de fumaça que sai da chaminé da Capela: se ela for preta, quer dizer que não houve eleição. Se for branca, branca é sinal de um novo papa escolhido.
O conclave geralmente inicia entre 15 e 20 dias depois da morte do Papa, dando chance aos cardeais chegarem em Roma e providências serem tomadas.
Enquanto isso, o camerlengo, hoje o cardeal Kevin Joseph Farrell, cuida dos assuntos da Igreja no dia a dia e também organiza o funeral do papa.
Quais os possíveis nomes para substituição
- Pietro Parolin (Itália): Secretário de Estado do Vaticano, possui vasta experiência diplomática. Considerado um moderado, capaz de unir diferentes alas da Igreja. É apontado como um dos favoritos;
- Matteo Zuppi (Itália): Arcebispo de Bolonha e presidente da Conferência Episcopal Italiana. Próximo ao Papa Francisco, tem se destacado em missões de paz. Sua atuação em prol do diálogo e da justiça social o coloca entre os principais candidatos;
- Luis Antonio Tagle (Filipinas): Pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização. Sua origem asiática e seu perfil progressista o tornam um nome relevante. É visto como um líder carismático e com forte apelo entre os fiéis;
- Péter Erd (Hungria): Arcebispo de Esztergom-Budapeste. Figura conservadora, com solida formação acadêmica. Tem um forte dialogo com as igrejas ortodoxas;
- Jean-Marc Aveline (França): Arcebispo de Marselha. Considerado um dos favoritos do Papa Francisco. Tem uma forte atuação nas pautas migratórias e dialogo interreligioso.
Brasil em destaque
Quando o Brasil entra em cena, dois nomes aparecem em destaque. São eles:
- Leonardo Ulrich Steiner (74 anos): arcebispo de Manaus e primeiro cardeal da Amazônia brasileira, Steiner é defensor dos direitos dos povos indígenas e da preservação ambiental;
- Sérgio da Rocha (64 anos): Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Sérgio é conhecido por seu trabalho pastoral e por sua atuação na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
*Com informações de UOL e O Globo
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