
*Por Marcos L Susskind
“Quem consegue fazer você acreditar em absurdos pode fazer você cometer atrocidades.” Voltaire
Uma improvável junção de coincidências levaram à morte de um jovem, devorado por tubarões. Na Sexta Feira, dia 17/04, três tubarões foram vistos próximo à praia de Hadera, Israel. Diversos banhistas entraram na água e tiraram fotos com os “inocentes” tubarões. A divulgação das fotos atraiu uma multidão no sábado, repetindo a “aventura” e fotos.
Na 2a. feira um jovem Israelense encontrou, no Mar da Galiléia, equipamento de mergulho abandonado, o recolheu e decidiu viajar para Hadera e mergulhar com os tubarões, agora já em número maior. De repente gritos: “Socorro, fui mordido” e
uma poça de sangue se forma a seu redor, para horror dos demais banhistas. Em minutos os tubarões arrastam o jovem, o sangue tinge a água. O corpo dele ainda não foi encontrado enquanto escrevo este artigo, passadas 48 horas do ocorrido.
O fato está sendo muito divulgado no mundo árabe e aqui aparece a maldade humana e o ódio indoutrinado na mente de muitos. A tragédia nada tem a ver com a guerra, mas a morte de um Israelense é comemorada na imprensa árabe com ironia, incitação, ódio e desprezo nos inúmeros comentários à noticia.
Alguns o denominaram “Tubarão Qassam”em homenagem ao braço militar do Hamas, outros divulgaram fotos do tubarão com a bandana do Hamas ou com a Kefiah, símbolo da luta armada Palestina. Houve quem louvasse “a luta do tubarão anti-semita até a vitória final” e quem o designasse membro da “Brigada Abu Tubarão”. Um internauta árabe chegou a escrever “até os tubarões entendem que Israel não deveria existir”.
Crianças doutrinadas para a guerra e o ódio se tornam adultos capazes de atrocidades verbais e físicas, como o massacre de outubro de 2023, quando crianças foram degoladas, mulheres estupradas, famílias queimadas vidas, idosos seviciados.
Será que chegará o dia onde veremos educação para a paz, o amor e a convivência entre as pessoas independente de sua cor, raça, opinião política ou fé? Fotos do “tubarão” circularam nas redes sociais.
** Esta texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal iG