Bloco conservador perde força no Conclave após dois cardeais anunciarem ausência

Cardeais da Espanha e da Bósnia comunicaram que não poderão comparecer à votação por razões de saúde. Com isso, total de votantes cai para 133. Dois cardeais conservadores anunciaram que não poderão participar do Conclave por razões de saúde. As informações foram confirmadas pela Associated Press nesta quarta-feira (23). Com as ausências, o bloco de religiosos mais conservadores perde força na eleição.
As faltas confirmadas são dos cardeais Antonio Cañizares Llovera, da Espanha, e Vinko Puljic, da Bósnia. Ambos têm 79 anos. Com isso, o total de eleitores no Conclave passa de 135 para 133.
A data para início do Conclave ainda está sendo discutida pelos cardeais no Vaticano. A expectativa é que a eleição se inicie a partir do dia 5 de maio.
O Conclave será feito dentro da famosa Capela Sistina. Para ser eleito, um cardeal precisa receber dois terços dos votos. Novas rodadas de votação são feitas até que o número necessário seja alcançado por um candidato.
Se o total de cardeais presentes no Conclave permanecer em 133, a eleição só será concluída quando um dos candidatos conquistar ao menos 45 votos.
Ao todo, até quatro votações podem ser realizadas diariamente, sendo duas pela manhã e duas à tarde. Se, depois do terceiro dia de conclave, a Igreja continuar sem papa, uma pausa de 24 horas é feita para orações. Outra pausa pode ser convocada após mais sete votações sem um eleito.
Caso haja 34 votações sem consenso, os dois mais votados da última rodada disputarão uma espécie de “segundo turno”. Ainda assim, será necessário atingir dois terços dos votos para que um deles seja eleito.
À GloboNews, o frade dominicano Frei Betto afirmou que o próximo papa tende a ser de centro à direita. Segundo ele, Francisco governou a Igreja Católica “com a cabeça progressista, mas um pouco conservadora”.
A maior parte dos cardeais que integrarão o Conclave foram nomeados por Francisco, sendo 108 no total. Os demais votantes foram indicados por Bento XVI e João Paulo II.
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