
Três brasileiros com histórico no setor de telecomunicações estão tocando conjuntamente o provedor de banda larga por fibra óptica Giga Fibra na Colômbia. Com sede em Bogotá, a capital do país, e operações em outras 11 cidades do departamento de Cundinamarca, o empreendimento começou em 2023, oferecendo produtos de conectividade FTTH e IPTV no varejo, além de atuar no mercado B2B de atacado e corporativo.
Por trás do negócio está Alex Jucius, ex-chief commercial and marketing officer da Fibrasil, que recentemente deixou o posto, embora siga como consultor da operadora de rede neutra, e passou a dirigir a o ISP colombiano; o provedor tem entre os sócios Vicente Gomes, que é sócio no Brasil da Alloha Fibra; e Marco Aurélio da Silva, ex-LPNet, comprada pela Desktop em 2021. Todos compartilham a gestão da empresa no país vizinho.
O investimento, no entanto, eles não abrem. Assim como não dizem quantos clientes e homes passed (casas aptas a assinar os serviços) alcançam. O aporte foi para criar o provedor do zero – não houve compra para entrar no mercado colombiano.
Segundo ele, a ambição é grande. “Começamos em uma cidade, Bogotá DC, e hoje chegamos a 12 cidades do departamento de Cundinamarca. Nossa expectativa é ser o terceiro maior operador em 5 anos, atendendo aos principais municípios colombianos. Nossa infraestrutura já é toda XGPON preparada para atender 10Gbps, e já superamos a marca de 200 Gbps de tráfego”, observa Jucius.
Não só em Bogotá
O mercado como um todo da Colômbia está em ebulição com a expansão de provedores de fibra. O país tem entre os maiores competidores Claro (América Móvil), Milicom (Tigo) e Telefónica, que está vendendo a operação local (Movistar) para a Milicom. Mas há cerca de 3 mil provedores que, em seu conjunto, detêm a maior base de clientes, assim como acontece no Brasil. “Estamos entre os 30 maiores atualmente, com mais de 100 profissionais, e elevando o padrão de qualidade”, complementa Jucius.
O mercado de banda larga do país ainda tem o que crescer. Segundo a CRC, autarquia que regula as telecomunicações, em junho de 2024, apenas 43,85% dos lares colombianos tinha acesso fixo à internet. A título de comparação, no Brasil a taxa é de 83%, segundo a pesquisa TIC Domicílios 2024. Além disso, por lá a banda larga fixa atende 7 milhões de assinantes, e há movimento de migração tecnológica. A base de usuário ficou estável em 2024, mas a base de usuário de fibra óptica cresceu 20% e soma atualmente 3,63 milhões de contratos.
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