Um grupo de cientistas da Universidade da Califórnia, em Berkeley, anunciou a descoberta de uma nova cor, jamais percebida pelo olho humano. Batizada de Olo, a tonalidade é descrita como um azul-esverdeado de saturação extrema, algo que não pode ser reproduzido em telas ou tintas.
A descoberta da Olo só foi possível graças ao uso de um dispositivo especial chamado Oz, que estimula diretamente os cones M da retina — células responsáveis pela percepção do verde. Esse método inovador permitiu que os pesquisadores isolassem uma sensação visual inédita.
O nome “Olo” vem da ativação específica dos cones M, representada pelas coordenadas binárias [0,1,0]. Para os participantes dos testes, a cor se parece com um turquesa intenso, mais vibrante do que qualquer outro visto anteriormente.
Onde encontrar a cor Olo?
A experiência, no entanto, exige um ambiente controlado. Só é possível perceber a cor quando lasers atingem pontos específicos da retina, ou seja, não há como visualizar Olo fora de um laboratório. Mesmo assim, a descoberta promete avanços importantes.
Fora da ciência, a cor também chamou atenção do mundo artístico. O artista britânico Stuart Semple afirmou ter criado uma versão da cor em tinta, chamada Yolo, utilizando pigmentos fluorescentes. Apesar disso, os cientistas reforçam: não é possível replicar a verdadeira Olo fisicamente.
Descoberta pode ajudar a entender melhor o daltonismo
Pesquisadores acreditam que a novidade pode ajudar no entendimento de condições como o daltonismo e influenciar futuras tecnologias de imagem. Embora não haja aplicação prática imediata, o estudo abre caminhos para novas pesquisas sobre a percepção visual.
A comunidade científica ainda debate os limites da descoberta. Alguns especialistas questionam se Olo é de fato uma nova cor, ou apenas uma variação extrema de tons conhecidos. Ainda assim, a repercussão mostra como o campo da neurociência visual continua surpreendendo.
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