Esquema lucrativo

O esquema para assaltar a manteúda do INSS começou com a criação de uma dezena de entidades abertas por empresários, que colocaram como seus diretores estatutários formais, registrados em cartório, seus parentes como pais, tios e avós, ou funcionários como faxineiras de suas famílias e empresas. Os descontos em folha, sem autorização dos aposentados, teria começado em 2019, com descontos de R$ 20, depois R$ 80 e chegou a R$ 200, resultando em 2025 na soma de R$ 6,3 bi, subtraído dos velhinhos.
Operação
Na quarta-feira (23), a Polícia Federal cumpriu mais de 200 mandados de busca e apreensão e seis prisões na Operação Sem Desconto, que investiga as entidades fajutas. O caso levou ao afastamento judicial do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e de outros integrantes da cúpula do órgão. Na edição extra do Diário Oficial da União, na quarta-feira, foi publicada a portaria de demissão do chefão do INSS, que no início do governo era filiado ao PSB, mas ingressou no PDT. Foi o ministro Carlos Lupi quem indicou Stefanutto ao cargo. O antecessor também tinha sido afastado por suspeitas de corrupção.
Pelos corredores, já se fala na demissão de Carlos Lupi também.
Deputada do PSol R$ 6,3 bi em crédito para pagar fraudes no INSS
A deputada Fernanda Melchionna (PSol-RS), apresentou a indicação ao governo na noite de quarta-feira (23), solicitando a abertura do crédito ao Ministério da Previdência Social. Ela protocolou o pedido que indica ao governo abrir um crédito extraordinário de R$ 6,3 bilhões, com o objetivo de cobrir o rombo causado por fraudes contra pensionistas do INSS.
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