Eldorado, SP, confirma primeiro caso de febre Oropouche; paciente morre


Paciente, de 68 anos, era morador da zona rural. Vale do Ribeira tem 22 casos confirmados. Febre Oropouche é causada pelo mosquito maruim (mosquito-pólvora ou borrachudo)
Foto: Reprodução/SES
A Prefeitura de Eldorado, no interior de São Paulo, confirmou o primeiro caso de febre Oropouche na cidade. O paciente, um idoso de 68 anos, também foi diagnosticado com leptospirose e morreu. A administração municipal informou que não dá, portanto, para associar a causa da morte à Oropouche, e que o homem teve insuficiências cardíaca e hepática.
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Conforme apuração da TV Tribuna, afiliada da Globo, a vítima foi identificada como Sebastião Prado, morador do bairro Areado, na zona rural.
Ao g1, o diretor municipal de Saúde, Lineu Pinto, informou que este é o primeiro caso confirmado de Oropuche na história de Eldorado. As amostras foram coletadas no dia 10 de abril, levadas para análise no Instituto Adolfo Lutz e divulgada na quinta-feira (24).
A doença é causada por um vírus transmitido pelo mosquito Culicoides paraensis (maruim ou mosquito-pólvora) e tem como sintomas: febre alta, dores musculares, de cabeça e articulares, além de calafrios, náuseas e tonturas.
Em nota, a prefeitura informou que segue monitorando a situação e tomando as medidas cabíveis. “A comunidade pode buscar informações (sobre a doença) diretamente com a equipe do Pronto Atendimento, no Departamento de Saúde ou na Vigilância Sanitária”.
Conheça métodos de prevenção, segundo o governo estadual:
Evitar áreas com maior reincidência de casos;
Evitar o contato com áreas de ocorrência e/ou minimizar a exposição às picadas dos vetores;
Usar repelentes;
Usar roupas claras que cubram a maior parte do corpo e aplique repelente nas áreas expostas da pele;
Limpeza de terrenos e de locais de criação de animais;
Recolhimento de folhas e frutos que caem no solo;
Uso de telas de malha fina em portas e janelas.
Vale do Ribeira
Em nota, a Secretaria de Saúde de São Paulo informou que o Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) confirmou 22 casos autóctones [nativos] de Oropouche no Vale do Ribeira neste ano, “com possível local de infecção na região de Registro (Cajati, Juquiá, e Miracatu), sem registro de óbitos”.
O Instituto Pasteur informou que, em 2024, foram coletadas amostras de mosquitos e foram identificados Culicoides paraensis, que estão relacionados à transmissão da doença. “Em fevereiro deste ano, um projeto de estudos sobre o tema foi aprovado e segue em fase de implantação”.
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