
De 2019 até 2024, a fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) libertou 503 trabalhadores em situação semelhante a escravidão no Distrito Federal (DF) e cidades do entorno. A situação se revela através de péssimas condições de trabalho, horas excessivas, ou limitação da liberdade pelos patrões.
O ano de 2021 testemunhou o maior número de resgates, libertando 140 pessoas na região. Nesse tempo, os trabalhadores resgatados no DF receberam, no total, R$ 190,7 mil em pagamentos rescisórios.
Entre os casos recentes, destaca-se o resgate em 2022 de 14 trabalhadores rurais em Sobradinho. Nativos do Ceará, as vítimas habitavam alojamentos ruins, com fios elétricos expostos, superlotação, banheiros sujos e sem água potável.
A fiscalização observou, inclusive, que a mesma pia era usada para manuseio de agrotóxico, higiene pessoal e lavagem de roupas. A ação foi realizada em parceria entre o MTE e a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Outro caso foi em 2019, quando a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) libertou 10 trabalhadores em um rancho na área rural do Gama.
Vindos do Piauí, atuavam em uma lavoura de hortaliças, privados de comida boa, água para beber e material de higiene, sem ter como sair da situação.

Lista Suja
Na última versão da “lista suja” de trabalho escravo atualizada este ano, 25 patrões do DF foram incorporados. A lista, agora, tem 289 patrões do país inteiro que foram pegos colocando gente para trabalhar quase como escravos.
O cadastro, que o MTE cuida desde 2003, muda a cada seis meses. Serve pra mostrar tudo que o governo faz pra acabar com o trabalho escravo, expondo os nomes dos empregadores quando os processos acabam. Os nomes ficam na lista por dois anos.
*Com informações de Metrópoles
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