Já desconfiou de uma mentira, mas não soube como confirmar? A inteligência artificial está ajudando a desvendar os truques da linguagem que indicam quando alguém não está sendo sincero. Pesquisas recentes mostram que certas expressões são repetidas com frequência por quem tenta enganar — e muitas delas passam despercebidas no dia a dia.
Vamos começar com uma das palavras mais contraditórias: “Honestamente”. Quem fala a verdade raramente sente a necessidade de anunciar sua sinceridade antes de se expressar. Se alguém insiste em usar esse termo, pode ser um esforço para convencer você de algo que não é real. É como se dissessem: “Confie em mim, mas não olhe muito de perto”.
Outra expressão clássica é “Acredite em mim” ou “Eu juro”. Quem está mentindo muitas vezes substitui provas concretas por promessas vazias. Em vez de apresentar fatos, a pessoa apela para a emoção, tentando criar uma conexão de confiança forçada. Curiosamente, quem diz a verdade tende a se apoiar em detalhes específicos, não em juramentos.
A palavra “Basicamente” também entra na lista. Ela pode ser um sinal de que o interlocutor está resumindo demais a história para evitar perguntas incômodas. Por exemplo: “Basicamente, tudo aconteceu muito rápido” pode esconder lacunas ou omissões estratégicas. É uma maneira de controlar o que você sabe — e o que não sabe.
Já a frase “Não me lembro bem” é um clássico dos mentirosos. Claro, todo mundo esquece detalhes, mas quando a resposta surge diante de perguntas diretas, pode ser uma tática para ganhar tempo ou fugir de contradições. Se a pessoa realmente não se recordasse, provavelmente daria uma resposta mais vaga, sem usar a expressão como escudo.
Por fim, a pergunta “Por que eu mentiria?” é uma manobra para inverter o jogo. Em vez de oferecer uma explicação clara, o mentiroso coloca o outro na defensiva, desviando o foco da suspeita. É como dizer: “O problema não é o que eu fiz, mas sim por que você está me questionando”.
Além das Palavras: Comportamentos Que Denunciam
A linguagem é apenas uma parte do quebra-cabeça. Estudos da área de psicologia, como os realizados pela pesquisadora Bella DePaulo, mostram que mentirosos costumam evitar detalhes concretos. Em vez de dizer “Cheguei em casa às 20h e liguei a TV no canal 5”, uma versão falsa seria mais genérica: “Cheguei em casa e assisti algo na televisão”.
Outro indício é o uso excessivo de pronomes impessoais, como “eles” ou “a gente”, para distanciar-se da mentira. Frases como “Disseram que era assim” transferem a responsabilidade, dificultando que o ouvinte identifique o verdadeiro autor da informação.
Mudanças repentinas no comportamento também são relevantes. Alguém que normalmente fala com calma, mas fica agitado ao responder perguntas simples, pode estar escondendo algo. Da mesma forma, pausas longas antes de respostas óbvias ou histórias excessivamente elaboradas são bandeiras vermelhas.
Atenção ao Contexto
Nenhuma dessas pistas, sozinha, prova que alguém está mentindo. O essencial é observar padrões: se as expressões surgem repetidamente em momentos-chave da conversa ou se combinam com mudanças no comportamento. A inteligência artificial, por exemplo, analisa não apenas palavras isoladas, mas a estrutura completa do diálogo — incluindo ritmo, escolha de termos e coerência.
E você? Já percebeu alguma dessas expressões em conversas do seu cotidiano? Embora a tecnologia e a psicologia ofereçam ferramentas para identificar desonestidade, a melhor estratégia ainda é manter o diálogo aberto e observar sem precipitação. Afinal, até os mentirosos mais habilidosos podem deixar escapar um detalhe revelador.
Esse As 5 palavras que os mentirosos sempre usam, segundo a IA foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.
