O presidente executivo da Conexis Brasil Digital, Marcos Ferrari, defendeu que o leilão de 700 MHz da faixa de 6 GHz, destinado à expansão do serviço móvel, seja realizado apenas após o cumprimento das obrigações do edital de 5G, previstas para 2029. “Qualquer nova obrigação pode sobrecarregar o setor do ponto de vista de investimentos”, afirmou durante entrevista ao Tele.Síntese.
Segundo Ferrari, o setor apoia a decisão da Anatel de dividir a faixa de 6 GHz entre aplicações de Wi-Fi e serviço móvel, mas considera essencial que o cronograma de licitação respeite a capacidade de execução dos compromissos já assumidos pelas operadoras. “Certamente nós queremos o espectro, mas é uma questão de racional econômico para que haja uma maximização dos investimentos nas redes para melhorar ainda mais a conexão para a população”, disse.
Ferrari lembrou que o volume de dados trafegados pelas redes móveis cresce de maneira exponencial, exigindo mais capacidade e espectro para manter a qualidade dos serviços. “Com o desenvolvimento de novas tecnologias, a necessidade de infraestrutura cresce de forma contínua”, comentou.
O executivo destacou que a decisão de reservar 700 MHz para o serviço móvel e manter 500 MHz para aplicações de Wi-Fi garante o uso eficiente de um recurso público escasso. “A melhor forma de administrar um recurso escasso é permitir que ele possa ser usado de todas as maneiras viáveis para que tenha o maior benefício social para a população”, avaliou.
A Conexis acompanha a evolução das discussões sobre o modelo de leilão, mas entende que o processo deve ocorrer apenas após a finalização dos compromissos do edital de 5G. “É uma questão de dar um passo de cada vez”, reforçou Ferrari.
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