Aos 25 anos, mineira se torna juíza federal mais jovem do Brasil

Luísa é a juíza mais jovem do BrasilArquivo pessoal

A mineira Luísa Militão Vicente Barroso realizou um feito que tem chamado a atenção do Brasil inteiro. Aos 25 anos, logo após se formar em direito, ela conquistou o cargo de juiza. Ela assumiu a posição no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), em Brasília.

Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ela é atualmente a magistrada mais jovem em atuação no Brasil. Natural de Inhapim, no leste de Minas Gerais, Luísa monstrou muita determinação e dedicação para ser aprovadas em concusos. Ela foi aprovada como promotora de Justiça no Ministério Público da Bahia (MP-BA) em maio de 2024. Na época, ela celebrou a conquista nas redes sociais:

“Desde que vim morar na bahia, senti uma conexão especial com este lugar. quem me conhece já está saturado de me ouvir exaltando vitória da conquista, minha cidade querida. e agora, se não forem outros os planos de Deus, serei promotora de justiça neste estado que me acolheu e se tornou meu lar”, escreveu no Instagram.

Alguns meses depois, veio a aprovação para o cargo de juíza no TRF1, tribunal onde ela já havia estagiado entre 2019 e 2020, durante a graduação. Em sua rede social, comemorou o retorno: “Quanta honra poder regressar a esse tribunal magnífico, onde tive a alegria de estagiar ainda na graduação”. Luísa tomou posse em dezembro de 2024.

Após ser aprovada como promotora na Bahia, Luísa conquistou, poucos meses depois, uma nova aprovação, desta vez na Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG), seu estado natal.

Em suas redes sociais, Luísa descreveu a aprovação como um presente e uma honra, destacando a importância da instituição e a qualidade da Defensoria mineira, considerada uma das mais estruturadas e valorizadas do país. A jovem magistrada contou que, apesar de nunca ter focado em concursos para defensoria — por considerá-los muito difíceis —, decidiu tentar a prova por sua ligação com Minas Gerais.

Ela também relatou as dificuldades enfrentadas durante a primeira fase do concurso, que incluiu o extravio de sua mala no aeroporto de Guarulhos e o testemunho de uma ocorrência policial envolvendo um colega candidato. Apesar do início conturbado, afirmou que as etapas seguintes foram tranquilas e que tudo aconteceu como deveria ser.

Ao final, Luísa agradeceu à Defensoria Pública de Minas Gerais pela oportunidade e elogiou a banca organizadora pela condução íntegra e justa do certame.

Juíza mais jovem do Brasil

Poucos meses após ser aprovada na Defensoria Pública de Minas Gerais, Luísa alcançou mais um feito marcante: foi aprovada em 2º lugar — antes da fase de títulos — para o cargo de juíza federal do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1).

A conquista foi celebrada por Luísa como a realização de um sonho de vida, sonhado junto com familiares e pessoas próximas. Ela destacou a emoção de retornar ao TRF1, onde havia estagiado entre 2019 e 2020, ainda durante a graduação, período que despertou sua paixão pela Justiça Federal.

Apesar de não ter a magistratura federal como objetivo inicial, por acreditar que o desafio era muito além de suas capacidades, Luísa decidiu prestar a prova. O concurso, que durou cerca de um ano e meio, foi o primeiro e único para a magistratura federal que ela enfrentou. Desde a primeira fase, a jovem mineira obteve resultados expressivos: ficou 10 pontos acima da nota de corte, conquistou a 7ª melhor nota nas provas discursivas e a 9ª melhor pontuação na sentença cível.

Durante o processo, no entanto, Luísa enfrentou dificuldades, sendo reprovada na sentença criminal. Segundo ela, a reprovação foi um momento decisivo, que a fez perceber que a magistratura era, de fato, seu grande sonho. O recurso que reverteu a eliminação foi recebido como uma das maiores alegrias de sua trajetória.

“Minha relação com esse concurso é metafísica e eu não tenho meios de contar todas as experiências milagrosas e sobrenaturais que vivi. Só posso dizer que recebi todos os sinais dos céus de que esse era o meu concurso e a serenidade que tomou conta de mim durante a prova oral foi a última evidência de que eu precisava”, relatou em seu instagram. 

Aos 25 anos, Luísa encerrou seu ciclo como concurseira com aprovações em três carreiras jurídicas: Ministério Público, Defensoria Pública e Magistratura Federal.

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