
O pirarucu (Arapaima gigas), um dos maiores peixes de água doce do mundo, está invadindo rios fora da Amazônia e causando alerta entre especialistas.
Natural das bacias amazônica, Araguaia-Tocantins e Essequibo, ele já foi flagrado em São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Na região Sudeste, pescadores relatam capturas frequentes no Rio Grande (SP e MG), com destaque para trechos entre as hidrelétricas de Marimbondo e Água Vermelha.
Em Minas, também houve registros no Lago de Furnas, em Guapé. No Pantanal, encontraram o peixe nos rios Cuiabá e Paraguai. Na Bahia, um pirarucu de 87 quilos acabou pescado em Dom Basílio.

Pirarucu fora dos rios da Amazônia
Fora da Amazônia, o pirarucu é considerado espécie exótica invasora. Ele se alimenta de peixes menores e compete por espaço e alimento com espécies nativas, podendo causar desequilíbrio ecológico.
A Secretaria de Meio Ambiente de SP recomenda que, se capturado, que não devolvam o pirarucu ao rio. O peixe pode carregar parasitas e expandir-se rapidamente, principalmente por falhas em cativeiros e pela prática da aquariofilia de grande porte.
Mesmo com a liberação da pesca durante todo o ano, pesquisadores dizem que só isso não basta. Eles defendem fiscalização mais rigorosa e monitoramento constante.
Criado em pisciculturas pela carne valorizada, o pirarucu se tornou um risco ambiental longe de seu habitat. A situação acende um alerta urgente sobre a introdução descontrolada de espécies no Brasil.
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