A Polícia Civil do Acre prendeu nesta terça-feira (29) o ex-marido de Yara Paulino da Silva, Ismael Bezerra, e o irmão dele, Mizael Bezerra, durante uma operação no Conjunto Habitacional Cidade do Povo, em Rio Branco. Ambos são suspeitos de participarem da tortura que antecedeu o assassinato de Yara, ocorrido em março deste ano.
A operação, conduzida pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), resultou na prisão de oito indivíduos e no cumprimento de dez mandados de busca e apreensão.
As prisões fazem parte do desdobramento das investigações sobre o linchamento público de Yara, espancada até a morte após rumores de que teria assassinado sua própria filha de três meses.
O delegado Leonardo Neves, responsável pelo caso, informou que Ismael Bezerra apresentou contradições em seu depoimento, o que motivou a prisão. Ele havia afirmado não estar presente no momento do crime, mas as investigações comprovaram o contrário.
De acordo com o delegado, tanto Ismael quanto Mizael estavam na residência de Yara durante as agressões que antecederam sua execução, embora não tenham participado diretamente da morte.
Oito detidos em operação da polícia
Segundo a Polícia Civil, os outros detidos nesta fase da operação possuem vínculos com facções criminosas que atuam na região. Ismael e Mizael, no entanto, não fazem parte dessas organizações, mas estavam envolvidos na etapa inicial do crime, o que os torna alvos das medidas judiciais.
Yara, de 28 anos, era usuária de entorpecentes e vivia com três filhos na Cidade do Povo. A filha mais nova, Cristina Maria, desapareceu no mesmo dia do homicídio.
Apesar dos boatos, a Polícia acredita que a bebê esteja viva e ainda no estado do Acre. As investigações seguem em sigilo para garantir a segurança da criança e o sucesso da apuração.
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